aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente
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O envolvimento <strong>da</strong>s pessoas na pesquisa se deu de formas distintas: participação<br />
nas dinâmicas de simbolização; ativi<strong>da</strong>des de pequenos grupos e nos grandes grupos;<br />
relatos, por escrito, de trajetórias pessoais; interpretação de figuras simbólicas em<br />
pequenos e nos grandes grupos, através de relatos orais e escritos; interpretação de relatos<br />
míticos, em pequenos e grandes grupos. As pessoas produziram textos e lâminas dos<br />
trabalhos em grupo, síntese de leituras, relatos de vi<strong>da</strong> pessoal, desenhos representando a<br />
compreensão de identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. As ativi<strong>da</strong>des eram compartilha<strong>da</strong>s entre os<br />
participantes. A interpretação era feita de forma grupal.<br />
No período de junho de 2003 a fevereiro de 2004, três grupos analisaram e<br />
discutiram, durante as aulas, textos provisórios <strong>da</strong> elaboração <strong>da</strong> tese. Isto permitiu obter<br />
<strong>uma</strong> reação à reflexão que se estava construindo.<br />
Essas ativi<strong>da</strong>des eram apresenta<strong>da</strong>s aos participantes como parte <strong>da</strong>s ações<br />
educativas propostas <strong>para</strong> a aula. Em nenhum momento foi criado um espaço fictício de<br />
pesquisa; os educadores estavam sempre inseridos n<strong>uma</strong> ativi<strong>da</strong>de letiva. As pessoas não<br />
eram classifica<strong>da</strong>s como objeto de pesquisa, mas eram vistas e se compreendiam como<br />
pessoas em formação.<br />
A pesquisa está organiza<strong>da</strong> em cinco movimentos. No primeiro movimento, analiso<br />
a formação de professores e a questão <strong>hermenêutica</strong>. No segundo movimento, apresento os<br />
referenciais epistemológicos <strong>da</strong> análise. No terceiro movimento, reflito sobre as<br />
resistências que os <strong>docente</strong>s apresentam <strong>para</strong> ressignificar e ressimbolizar a sua <strong>práxis</strong> e<br />
sua identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>, além <strong>da</strong> descrição dos tipos psicológicos e a contribuição <strong>da</strong><br />
teologia <strong>para</strong> o fortalecimento <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. No quarto movimento, descrevo as<br />
dinâmicas interativas utiliza<strong>da</strong>s na pesquisa e a sua contribuição <strong>para</strong> a identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>.<br />
No quinto movimento, analiso a questão dos mitos e sua relação com a identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>.<br />
Neste movimento também me baseio no referencial teórico de Jung e Ricoeur.<br />
No primeiro capítulo desenvolvo <strong>uma</strong> reflexão sobre a formação do <strong>docente</strong>,<br />
buscando conhecer a análise de pensadores <strong>da</strong> educação sobre a formação dos educadores<br />
e depoimentos de próprios educadores, prestados durante ativi<strong>da</strong>des letivas em cursos de<br />
formação continua<strong>da</strong>, tendo em vista a elaboração de <strong>aportes</strong> <strong>para</strong> <strong>uma</strong> <strong>hermenêutica</strong> <strong>da</strong><br />
identi<strong>da</strong>de do <strong>docente</strong>. Baseio a minha reflexão especialmente no conceito de professor<br />
reflexivo, elaborado por Donald Schön e António Nóvoa, no conceito de professor<br />
transformador de Henry Giroux e na análise crítica <strong>da</strong> formação de professores elabora<strong>da</strong><br />
por Miguel Arroyo, Selma Garrido Pimenta e José Carlos Libâneo. No segundo capítulo,