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aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

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Dessa forma, foram se configurando dois grupos de mitos: a) o mito de Narciso e<br />

de Eco e b) os mitos de Prometeu, Fausto, Dom Quixote e Carlitos, o Vagabundo. Todos<br />

estes podem, na ver<strong>da</strong>de, ser chamados de contemporâneos, pois adquiriram a sua<br />

contemporanei<strong>da</strong>de no momento em que foram reapropriados na reflexão sobre a<br />

identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong> e receberam um novo sentido.<br />

N<strong>uma</strong> fase posterior, elaborei um pequeno texto sobre a relação entre estes mitos e<br />

a identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong> e respectivamente sua <strong>práxis</strong> educativa. Esse texto foi partilhado com<br />

três grupos de formação continua<strong>da</strong> de <strong>docente</strong>s com intenção de perceber a sua<br />

receptivi<strong>da</strong>de e realizar <strong>uma</strong> avaliação crítica. Essa opção metodológica tinha a intenção de<br />

manter um diálogo com as pessoas em formação. Entretanto, a principal intenção era<br />

assegurar que a fala dos <strong>docente</strong>s fosse ouvi<strong>da</strong> e que a minha reflexão pessoal tivesse<br />

interlocutores críticos. 561 Essa reflexão foi desenvolvi<strong>da</strong> com os seguintes grupos: a) um<br />

grupo de 36 coordenadores pe<strong>da</strong>gógicos <strong>da</strong> Rede Sino<strong>da</strong>l de Educação, em julho de 2003;<br />

b) um grupo de 18 professoras <strong>da</strong> rede pública de ensino, em novembro de 2003 e c) um<br />

grupo de 40 professoras de <strong>uma</strong> escola particular <strong>da</strong> Rede Sino<strong>da</strong>l de Educação, em<br />

fevereiro de 2004. Com todos esses grupos, a reflexão ocorreu n<strong>uma</strong> ativi<strong>da</strong>de letiva de<br />

dez horas/aula.<br />

As reflexões desenvolvi<strong>da</strong>s num dos grupos foram inter-relaciona<strong>da</strong>s com as<br />

reflexões realiza<strong>da</strong>s pelos demais grupos. Nesse processo hermenêutico <strong>da</strong>s e nas reflexões<br />

grupais, <strong>da</strong>s e nas relações intergrupais, procurou-se assegurar que a fala <strong>da</strong>s pessoas fosse<br />

ouvi<strong>da</strong> e, especialmente, conferi<strong>da</strong> com a de outras pessoas e de outros grupos. As falas,<br />

assim, não mais eram ditos individuais, mas expressões de <strong>uma</strong> representativi<strong>da</strong>de grupal.<br />

Não mais eram pessoas isola<strong>da</strong>s que falavam, mas pessoas em processo de relações inter-<br />

pessoais com o seu próprio grupo e de conexões interpretativas com outros grupos.<br />

A reflexão que segue é o exercício de sistematização <strong>da</strong>s reflexões ocorri<strong>da</strong>s nas<br />

relações interpessoais e intergrupais. É, portanto, o resultado de <strong>uma</strong> construção gradual,<br />

processual e dialógica.<br />

14.1. Os mitos de Narciso e de Eco e a identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong><br />

561 Este processo de diálogo foi realizado com professores <strong>da</strong> Educação Básica e que estavam<br />

freqüentando ativi<strong>da</strong>des de especialização. As ativi<strong>da</strong>des foram realiza<strong>da</strong>s na disciplina de<br />

Metodologia do Ensino Superior e Identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong> e formação de professores.

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