12.04.2013 Views

aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

87<br />

CAPÍTULO IV<br />

SÍMBOLOS EM CARL GUSTAV JUNG<br />

As reflexões de Carl Gustav Jung 187 irão acompanhar o decorrer deste trabalho.<br />

Neste capítulo, quero me apropriar <strong>da</strong> sua reflexão sobre símbolos e analisar a sua<br />

contribuição <strong>para</strong> a <strong>hermenêutica</strong> <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. No nono capítulo, analisarei a<br />

reflexão sobre os tipos psicológicos e refletirei sobre a questão <strong>da</strong> formação <strong>docente</strong>. No<br />

décimo segundo capítulo, a reflexão girará em torno <strong>da</strong> questão dos mitos. O pensamento<br />

junguiano constitui-se, assim, num referencial básico <strong>da</strong> minha reflexão.<br />

O principal tema de pesquisa de Jung é a psique, ou o psíquico, como totali<strong>da</strong>de.<br />

Jung vê a pessoa e a sua psique na totali<strong>da</strong>de e não busca reduzi-lo ao orgânico ou a um<br />

dos aspectos do psíquico, como por exemplo a libido. A psique compreende a consciência<br />

e o inconsciente. Este último é como um oceano infinito e insondável no qual flutua, com<br />

<strong>uma</strong> pequena ilha, a consciência. Este capítulo está dedicado à compreensão dessa<br />

metáfora, assim como a entender os conceitos de personali<strong>da</strong>de – self – e individuação e a<br />

verificar a sua contribuição <strong>para</strong> a compreensão <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>.<br />

Simon Blackburn afirma que “Jung não foi um filósofo sistemático, mas sua visão<br />

religiosa e espiritual em geral e seu interesse pela religião oriental em particular têm<br />

exercido grande influência na filosofia” 188 . O que se visa a compreender aqui é essa<br />

influência, bem como a sua reflexão sobre a totali<strong>da</strong>de do ser h<strong>uma</strong>no e sua perspectiva <strong>da</strong><br />

dýnamis.<br />

4.1. Símbolo e o pensamento integral <strong>da</strong> pessoa<br />

O teólogo e pe<strong>da</strong>gogo <strong>da</strong> religião alemão Anton Bucher critica fortemente o<br />

pensamento junguiano, chegando ao ponto de rejeitá-lo totalmente, por considerá-lo<br />

187 Carl Gustav Jung nasceu em Kesswil (Cantão de Thurgau, na Suiça), em 1875 e faleceu em<br />

1961. Ele trabalhou como psiquiatra na Clínica Psiquiátrica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Zurique e em<br />

1905 começou a lecionar psiquiatria na Universi<strong>da</strong>de de Zurique. Em 1913, com as críticas a<br />

Freud, abandona a escola psicanalítica e dedica-se à escola psicológica. J. Ferrater MORA, Carl<br />

Gustav Jung, p. 1612-1613.<br />

188 Simon BLACKBURN, Carl Gustav Jung, p. 212.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!