aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente
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identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. As pessoas manifestam as resistências através em atitudes conscientes<br />
e inconscientes. É importante que a pessoa que coordena a ativi<strong>da</strong>de de reflexão teórica e<br />
as dinâmicas de relações interpessoais e intergrupais tenha conhecimento teórico,<br />
experiência pessoal, competência e habili<strong>da</strong>de profissional, discernimento <strong>da</strong>s<br />
manifestações simbólicas <strong>da</strong>s pessoas e reflexão crítica. É necessário reconhecer que a<br />
maioria <strong>da</strong>s manifestações são espontâneas e dependem <strong>da</strong> percepção <strong>da</strong> pessoa que media<br />
as ativi<strong>da</strong>des <strong>para</strong> aprofun<strong>da</strong>r a reflexão. Nem sempre ocorre <strong>uma</strong> reflexão sobre as<br />
resistências pessoais e sobre os espaços inibidores de mu<strong>da</strong>nça. Há pessoas que, por sua<br />
vez, manifestam aberta e claramente o desejo por mu<strong>da</strong>nça e procuram desencadear um<br />
processo de transformação. Entretanto, isto não depende unicamente do desejo e <strong>da</strong> boa<br />
vontade de <strong>docente</strong>s. Há empecilhos estruturais e burocráticos que dificultam esse<br />
processo.<br />
Esta análise foi desenvolvi<strong>da</strong> em ativi<strong>da</strong>des educativas de sala de aula com<br />
professores-estu<strong>da</strong>ntes de cursos de formação continua<strong>da</strong> de especialização e de seminários<br />
pe<strong>da</strong>gógicos realizados em escolas <strong>da</strong> Rede Sino<strong>da</strong>l de Educação. Os cursos de<br />
especialização tinham por conteúdo os temas “Interdisciplinari<strong>da</strong>de”, “Ensino Religioso” e<br />
“Aconselhamento e Psicologia Pastoral”. No caso dos participantes, tratava-se, portanto, de<br />
pessoas que buscavam um aprimoramento <strong>da</strong> sua formação. Realizamos dinâmicas de<br />
trabalho educativo em que as pessoas, através de jogos, imagens e reflexões simbólicos,<br />
manifestavam a sua compreensão sobre a resistência e sobre a identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>.<br />
Nessa investigação, houve a preocupação em compreender as falas <strong>da</strong>s pessoas e a<br />
avaliar criticamente as manifestações <strong>da</strong>s pessoas, além do cui<strong>da</strong>do <strong>para</strong> não<br />
superdimensionar <strong>uma</strong> única fala. Na reflexão pessoal, levantei questionamentos como:<br />
será que a resistência manifesta<strong>da</strong> por <strong>uma</strong> pessoa equivale à de outra pessoa? Será que a<br />
resistência manifesta<strong>da</strong> por um determinado grupo equivale à de outro grupo de pessoas?<br />
Será que o elenco de resistências manifesta<strong>da</strong>s n<strong>uma</strong> determina<strong>da</strong> ocasião tem a mesma<br />
importância num outro momento histórico, educacional, social e cultural? Será que a<br />
manifestação do pensamento de <strong>uma</strong> pessoa é o que ela realmente pensa ou ela se utiliza de<br />
artifícios ou mecanismos de defesa <strong>para</strong> esquivar-se?<br />
A preocupação básica foi a de como organizar um processo metodológico de<br />
pesquisa em que as pessoas poderiam manifestar, de forma organiza<strong>da</strong> e sistematiza<strong>da</strong>, a<br />
diversi<strong>da</strong>de de resistências e como seria possível, através de <strong>uma</strong> forma interativa,<br />
aprofun<strong>da</strong>r a análise crítica dessa atitude de <strong>docente</strong>s.