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aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

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22<br />

MOVIMENTO I<br />

OLHARES SOBRE A FORMAÇÃO E IDENTIDADE DE DOCENTES<br />

O objetivo desta pesquisa é compreender melhor a própria formação de <strong>docente</strong>s e<br />

a constituição <strong>da</strong> sua identi<strong>da</strong>de. Para tanto, procurou-se, através de <strong>uma</strong> ação narrativa e<br />

interpretativa, ouvir as próprias pessoas contarem momentos <strong>da</strong> sua trajetória pessoal e<br />

profissional. As pessoas eram convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s a refletir, nas ativi<strong>da</strong>des letivas de sala de aula<br />

em cursos de formação continua<strong>da</strong>, sobre a sua formação profissional e sobre a sua<br />

identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. A reflexão era realiza<strong>da</strong> em ativi<strong>da</strong>des letivas de pequenos grupos e em<br />

plenário e nos relatos orais e escritos.<br />

Compreendo que o próprio relato já é um elemento interpretativo, pois ao escolher<br />

<strong>uma</strong> ou outra situação, <strong>uma</strong> ou outra experiência, a própria pessoa do <strong>docente</strong> já realiza<br />

<strong>uma</strong> interpretação. A mesma coisa acontece conosco quando selecionamos algum relato ou<br />

descrevemos alg<strong>uma</strong> dinâmica. A opção, a seleção é um ato interpretativo.<br />

Conseqüentemente, quando optamos por determinados relatos e por determinados<br />

pensadores, já estamos realizando <strong>uma</strong> opção interpretativa, <strong>uma</strong> escolha por <strong>uma</strong><br />

perspectiva de reflexão. Nesse sentido, podemos afirmar que a descrição e a transcrição<br />

dos relatos, <strong>da</strong>s falas de <strong>docente</strong>s, não estão isentas de minha interpretação. Essa<br />

perspectiva se evidencia ain<strong>da</strong> mais na opção por <strong>uma</strong> dimensão qualitativa e não<br />

quantitativa de relatos e de falas de <strong>docente</strong>s.<br />

Este primeiro movimento está organizado em dois capítulos. O primeiro capítulo<br />

contém relatos de pessoas de <strong>docente</strong>s que freqüentaram cursos de formação continua<strong>da</strong> e<br />

de um diálogo com pensadores <strong>da</strong> educação que refletem sobre a formação de <strong>docente</strong>s.<br />

Esta reflexão foi consubstancia<strong>da</strong> pelo pensamento de Miguel Arroyo, José Carlos Libâneo<br />

e Selma Garrido Pimenta. Além disso, procurei dialogar, de forma especial, com a idéia de<br />

professor reflexivo, elabora<strong>da</strong> por Donald Schön e António Nóvoa, e de professor reflexivo<br />

transformador, de Henry Giroux, bem como com a análise dessas idéias feita por<br />

educadores brasileiros. No segundo capítulo, procurei situar a reflexão <strong>hermenêutica</strong> e<br />

apropriar-me do pensamento de Paul Ricoeur. O principal desafio inicial deste trabalho é o<br />

de relacionar a reflexão <strong>hermenêutica</strong> com a questão <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>.

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