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Livro de ATAS_Desporto e Ciência 2011.pdf - DigitUMa

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Atas/Proceedings Seminário <strong>Desporto</strong> e Ciência 2011 Página 112 <strong>de</strong> 520<br />

como a liberda<strong>de</strong> é optar e toda a opção é aleatória, tomamos as nossas <strong>de</strong>cisões livres na<br />

incerteza e no risco da nossa acção-percepção umbilicalmente interactiva do “corpo”<br />

emocional-racional. Diríamos que a <strong>de</strong>cisão reclama um campo experimental <strong>de</strong> corpo<br />

acção, numa intrincada espiral transformação adaptativa da acção-<strong>de</strong>cisão acoplada à<br />

percepção-intenção, contrariando a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> repetição, <strong>de</strong> eficiência, <strong>de</strong> programa e <strong>de</strong><br />

mecanização.<br />

Parece-nos evi<strong>de</strong>nte que a dinâmica da <strong>de</strong>cisão-acção, na competição, emerge sobretudo <strong>de</strong><br />

um campo vincadamente interactivo vincadamente ecológico. Assim, as estratégias e<br />

tácticas didáctico-metodológicas <strong>de</strong>vem procurar reflectir essa visão, esse entendimento no<br />

treino-competição caosal. Porque consi<strong>de</strong>ramos, como Mateus (2003), que o <strong>de</strong>sporto é um<br />

ecossistema complexo e hiper-dinâmico, extremamente sensível às condições iniciais,<br />

pensamos que a teoria cognitivista não respon<strong>de</strong> substantivamente, às mudanças<br />

imprevisíveis emergentes da criativida<strong>de</strong> volátil e <strong>de</strong>cisiva da acção. No entanto, não<br />

po<strong>de</strong>mos rejeitar o papel da cognição na <strong>de</strong>cisão, sobretudo se pensarmos num cenário <strong>de</strong><br />

acontecimentos futuros a longo prazo, on<strong>de</strong> a pressão temporal e espacial não se faz sentir<br />

<strong>de</strong> forma tão critica, na eficácia da acção (Cal<strong>de</strong>ira, 2008).<br />

A visão cognitiva, quando <strong>de</strong>scontextualizada, relativamente ao incremento da acção<strong>de</strong>cisão<br />

configura um atleta estereotipado, reduzindo o apelo da eficácia à eficiência<br />

tecnocrata, subjacente a uma tecnicida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lada do comportamento motor pela<br />

<strong>de</strong>composição do movimento, limitando profundamente a dinâmica adaptativa do nichoatleta<br />

e acopladamente do ecossistema <strong>de</strong>sportivo.

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