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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 116 de 520
Pensamos que a diversidade conflituosa das ideias e do erro, parecem ser os atractores de
manutenção instável da ecodinâmica criativa da singularidade da acção decisional, no
sucesso desportivo, da sociedade como também da espécie. Não esqueçamos que a
variabilidade caótica, constitui-se como um elemento crítico, na fusão da inovação e
criatividade. O erro é um agente anabólico na busca da verdade. Diríamos que, o ser
humano, é um ser subjectivo, cujas relações com o mundo objectivo são sempre incertas,
um ser sujeito ao erro e à vagabundagem de mundo, um ser hybrico que produz desordem
para uma nova ordem também ela dinâmica.
Inversamente, a ordem estrita é abissalmente limitadora da criatividade, escavando um leito
profundo na superfície eecogenética da acção. Enquanto a desordem é o berço do
(im)possivel, a fonte transbordante, a energia da acção criativa. Desta cacofonia caológica
diríamos que, a criticidade polifurcada da eficácia da acção, transforma e transforma-se no
“caldo” essencial, no desenvolvimento de uma consciência poliversal, em sincronicidade
com a sua decisão (Caldeira, 2008).
Os sistemas lineares tipo-máquina perfeitamente ordenados, vivendo “próximo-doequilibrio”
só respondem a problemas também eles estáveis, ordenados e previsíveis. Assim,
defendemos que a acção-decisão no desporto deve desenvolver-se num contexto não-linear
longe-do-equilibrio permitindo ao atleta e/ou equipa desenhar novas e renovadas soluções
criativas, para enfrentar eficazmente a cascata complexa das affordences.
3. (IN)POSSIBILIDADES DE FUTURO
O futuro do desporto, umbilicalmente ligado à vida, auto-eco-realisa o seu leito pela
corrente imbricada das decisões-acções. O efeito caosal (Cunha e Silva, 1999) dos