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Livro de ATAS_Desporto e Ciência 2011.pdf - DigitUMa

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Atas/Proceedings Seminário <strong>Desporto</strong> e Ciência 2011 Página 35 <strong>de</strong> 520<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da oferta existem exemplos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização do “inutilizável”<br />

em territórios inóspitos para refazer a imagem do <strong>de</strong>stino. Martín (2005) refere o exemplo<br />

<strong>de</strong> Tarifa localizado entre duas áreas charneiras no <strong>de</strong>senvolvimento do turismo <strong>de</strong> massas<br />

em Espanha (Costa do Sol e Costa da Luz []), mas periférica em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do turismo <strong>de</strong>vido à abundância <strong>de</strong> um factor climático problemático (vento), apesar da<br />

abundância <strong>de</strong> recursos naturais típicos do 3-S (praias e monumentos). A transformação do<br />

factor vento num recurso turístico básico (essencial para um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sportos como<br />

windsurf, parapente, voos em planadores), que permitiu o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sector<br />

turístico viável e pujante. A emergência <strong>de</strong> novas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>u origem a um boom da<br />

industria turística e colocou a área no mapa com uma imagem externa valiosa “Capital of the<br />

Wind’’ e ‘‘Wind Machine’’), com consequências radicais na re-<strong>de</strong>finição completa imagem<br />

externa do <strong>de</strong>stino. O exemplo <strong>de</strong> Tarifa mostra a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar um espaço<br />

“excluído” e factores naturais “<strong>de</strong>svalorizados” na oferta turística e aponta para a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se equacionar a incorporação do binómio espaço excluídos/condições<br />

climatéricas adversas na dinâmica turística. Existem exemplos <strong>de</strong> oferta no âmbito do<br />

“turismo extremo” mas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites <strong>de</strong> segurança aceitáveis que po<strong>de</strong>m oferecer<br />

sugestões práticas.<br />

Mais <strong>de</strong>safiador é a perspectiva <strong>de</strong> gerir o ingerível em termos <strong>de</strong> catástrofes naturais e<br />

alterações <strong>de</strong>sfavoráveis do padrão climático, <strong>de</strong> forma a manter o padrão <strong>de</strong> procura e a<br />

estrutura da oferta. Embora o exemplo referido no parágrafo anterior ofereça perspectivas<br />

interessantes <strong>de</strong> diversificação da oferta, não permite a completa substituição do produto<br />

standard. Dada a multiplicação dos inci<strong>de</strong>ntes relativos a <strong>de</strong>sastres naturais a manutenção<br />

<strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> satisfação e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da experiência aceitáveis começa a ser problemática.<br />

Refere Martín (2005) que uma experiência negativa (com condições climatéricas

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