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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 125 de 520
simuladores, uma coisa é desfrutar da presença num contexto (por mais real que este nos
pareça) outra é estar lá, sentir o frio, as picadas dos mosquitos ou o cheiro do fumo da
fogueira e todas as experiências e vivências que isto pode proporcionar. A Expedição dá-nos
este confronto com o real, coloca-nos problemas que temos de efectivamente resolver pois
as consequências da falha vão muito para além do GAME OVER que aparece nas consolas.
A necessidade de aplicação dos conhecimentos, das técnicas a problemas concretos que
nunca são totalmente iguais (num contexto que se caracteriza pela imprevisibilidade) leva,
obriga mesmo, a que seja compreendida a funcionalidade, os porquês de fazer de uma
determinada forma. Por outro lado, a perspectiva de conjunto que a Expedição implica, e
que vai desde a concepção, à realização e ao “pós-actividade”, numa compreensão de como
a parte influencia o “todo” e das dialécticas que é necessário dominar, leva também a que o
desportista compreenda os fenómenos de uma forma transdisciplinar.
Estes são aspectos a salientar numa expedição, mas de uma forma sucinta este tipo de
actividades caracteriza-se fundamentalmente pelo cumprimento de quatro pontos:
1- A relação que o desportista estabelece com o meio em “espaços abertos”
Por um lado, a constante adaptação do indivíduo a um contexto que está permanentemente
a variar, em que, para que possa existir uma inter-relação, é fundamental não só o domínio
de um conjunto de instrumentos mas também uma compreensão funcional dos problemas
que este pode colocar.
Deste modo, muito para além do domínio das técnicas, é preciso saber adaptá-las aos
problemas surgem, pois com a variabilidade que o contexto proporciona, torna-se imperioso
o domínio dos princípios de funcionamento, dos instrumentos (orientação, fogo,