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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 233 de 520
A natação pura desportiva (NPD) apresenta, entre outros factores que nunca poderão
ser descurados se se pretende atingir elevados níveis de rendimento, uma grande
dependência fisiológica e técnica.
Há já alguns anos tem-se verificado um incremento considerável no treino técnico, em
natação (Cunha, 2005). Este é um facto reconhecido quer por treinadores, quer por
nadadores de nível internacional, o que pode ser comprovado pela afirmação do velocista
campeão olímpico e recordista do mundo Matt Biondi (1991): ”em natação a técnica é tudo,
mas torna-se mais importante quando sprintamos”.
Um conhecimento amplo e profundo das características das técnicas de nado e das
respectivas partidas e viragens, são um requisito fundamental para identificar o erro técnico
e, naturalmente, para uma posterior intervenção eficaz por parte do treinador.
Na natação, tal como nas outras modalidades desportivas, existe um padrão técnico
considerado ideal – trata-se do modelo técnico, o qual, nadadores, com a intervenção dos
respectivos treinadores, tentarão reproduzir durante toda a preparação ao longo da sua
carreira.
No entanto, o modelo técnico não poderá ter uma estrutura rígida. Pelo contrário,
deverá ser flexível e adaptável às características individuais de cada nadador. É habitual
distinguir dois conceitos: o padrão ideal do movimento – técnica – da interpretação
individual no desempenho – estilo. O estilo está dependente das capacidades e
características de cada nadador. Contudo, não deverá apresentar desvios importantes em
relação aos princípios fundamentais da técnica.
Após a recolha de dados (gravação de imagens) iremos identificar o erro técnico e,
posteriormente, pesquisar acerca dos exercícios de correcção técnica adequados a cada caso