Livro de ATAS_Desporto e Ciência 2011.pdf - DigitUMa

Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 269 de 520
individual, a ênfase dada a componente subjectiva na avaliação da vida e o reconhecimento
de que o bem estar inclui elementos positivos que transcendem a perspectiva económica. O
progressivo e contínuo crescimento das investigações sobre o BES explicam-se não só por
este relacionar-se com a qualidade de vida, com uma vida que valha a pena ser vivida mas
também pelo papel democrático que possui, isto é, na valorização do que pensa e sente o
indivíduo independentemente da opinião dos líderes. Outro contributo dado ao crescimento
e popularização deste constructo deve-se às investigações efectuadas neste âmbito pelas
ciências como a psicologia, sociologia, medicina entre outras (Diener at al., 2003; Lewinsohn,
Redner & Seeley 1991). Apesar da variabilidades de contextos e de áreas do conhecimento
Humano que se dedicaram a este tema, com às inerentes dificuldades conceptuais na
definição do BES, a comunidade científica, de uma forma geral, define-o como o estudo
cientifico sobre o modo como as pessoas avaliam a sua vida no seu todo, ou em certos
domínios (e.g casamento, trabalho) na qual se inclui repostas e reacções emotivas, afectivas
e cognitivas (Diener,Oishi,Lucas, 2003; Diener, 2005). O BES estuda o que vulgarmente
designamos de
felicidade (Diener, 2000; Seligman & Csikszentmihalyi, 2000). Em suma, verificam-se níveis
elevados de BES quando o indivíduo experimenta poucas emoções/afectos negativos e
desagradáveis, muitas emoções/afectos positivas, agradáveis, envolve-se em actividades
interessantes e se sente satisfeito com a sua vida (Diener, 2000). De uma forma genérica, a
vivencia de momentos de prazer versus desprazer e do que nos faz sentir melhor, aumenta a
qualidade de vida, reforça o sistema imunitário e cardiovascular com amplos benefícios na
saúde, aumenta a longevidade, promove hábitos de vida saudável e contribui para a