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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 63 de 520
- Depois de cabeceada, a bola demorou 0.4 segundos até passar linha de fundo o que
corresponde a uma velocidade média de aproximadamente 50 km/h (e=v.t).
A precisão do cabeceamento do atacante não permitiu que a bola fosse rematada para a
baliza perdendo-se assim uma possibilidade clara de marcar golo aproveitando a acção
coordenada da equipa atacante que possibilitou ao rematador ficar em condições favoráveis
para finalizar a jogada com sucesso.
Vimos assim que, em termos funcionais, quem ataca deve ter as funções da equipa bem
coordenadas e optar pela estratégia mais adaptada ao adversário em cada momento,
criando assim oportunidades de remate tendo preparadas as acções seguintes. No mesmo
sentido, quem defende não deve ficar à espera para reagir em relação à bola porque ficará
com muito pouco tempo para interceptar esta, devendo reagir coordenadamente às acções
dos adversários e tirar a bola da zona da baliza, não de qualquer maneira mas sempre que
possível de forma a conseguir rapidamente chegar à baliza adversária para marcar golo
aproveitando a vantagem que pode ter sobre o adversário.
O treino desta situação deve visar a coordenação das funções dos diferentes jogadores
permitindo a exploração de cada situação e adversário. Compreendendo esta funcionalidade
é possível treinar de forma mais objectiva.
Exemplo 2 – Uma Jogada
Vejamos como numa outra situação (o primeiro golo do segundo jogo dos oitavos de final da
Liga dos Campeões entre o Real Madrid e o Olympic Lyonnais) o problema se coloca da
mesma forma.
Analisemos alguns dados: