Livro de ATAS_Desporto e Ciência 2011.pdf - DigitUMa

Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 60 de 520
Propomos assim, neste quadro de referência, a utilização de uma metodologia de treino que
permita diagnosticar as características, capacidades e potencialidades dos desportistas
(neste caso futebolistas), para com base nesse diagnóstico poder prescrever os exercícios de
treino mais adequados (considerando os princípios activos e a dosagem ajustada a cada
desportista) e ainda controlar a evolução dos mesmos.
O treino é assim, neste quadro de referência, muito mais do que transpirar. É melhorar,
adaptar, rendibilizar, com objectivos bem definidos.
II. DESENVOLVIMENTO
Como desporto colectivo, o futebol não é um simples somatório de factores físicos, técnicos,
tácticos, psicológicos e estratégicos, mas uma dinâmica de factores que pelas suas
dialécticas se complementam e potenciam (positiva ou negativamente) fazendo com que a
performance dos jogadores seja beneficiada ou não (Vicente, 2007).
O futebol enquadra-se predominantemente no Modelo dos Desportos Colectivos, sendo
este Modelo representado, de uma forma simplificada por t ≥ t’, sendo o t o tempo da acção
ofensiva, e sendo o t’ o tempo da acção defensiva (Almada, F., Fernando, C., Lopes, H.,
Vicente, A. & Vitória, M., 2008).
Consideremos dois exemplos:
Exemplo 1 – Um Canto
No último Campeonato do Mundo de Futebol de 2010 foram realizados, em média, cerca de
28 remates por jogo (14 por equipa), dos quais apenas aproximadamente 10 foram na
direcção da baliza (5 por equipa). Foram ainda marcados, em média, cerca de 10 pontapés
de canto por jogo (5 por equipa). (in fifa.com) Esta é, assim, uma oportunidade importante
que as equipas têm para marcar golo.