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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 515 de 520
de maneira a que o professor possa optar pela selecção de matérias e modos de prática em
cada ciclo de trabalho e no conjunto do ano lectivo.” (pág. 20-21). Os mesmos autores
referem ainda que “a caracterização das instalações permite avaliar as possibilidades e
limitações dos equipamentos e espaços de aula, identificando as matérias e modos de
tratamento possíveis em cada um deles.” (pág.21).
Os espaços desportivos das Escolas devem então respeitar o princípio da polivalência,
aumentando assim o leque de hipóteses de matérias que possam ser abordadas. Não
podemos olhar para um espaço no qual apenas exista a marcação de um campo de futebol e
automaticamente considera-lo como um espaço simplesmente dedicado à prática desta
modalidade, ou modalidades semelhantes. Há que olhar para esse espaço de uma forma
mais complexa na procura de novas oportunidades para trabalhar diferentes matérias de
ensino.
Desta forma, salvo algumas excepções, até mesmo um espaço sem qualquer tipo de
marcação pode servir para ensinar inúmeras matérias e com resultados pedagógicos
desejáveis. Outro aspecto de grande relevância são as adaptações ao nível dos recursos
materiais que deverão ser feitas. Segundo Rosado, (1989), os materiais são normalmente
muito caros e por vezes não existem nas Escolas, referindo ainda que “muitos dos materiais
formais de uma matéria por vezes não se adaptam às necessidades impostas pelos níveis de
prática dos jovens alunos.” (pág. 15). Não sendo possível adquirir material específico, a
imaginação deve ser usada de forma a adaptar e reinventar equipamentos que não
restrinjam a prática. Para tal, deverão ser envolvidos os jovens nesta empreitada de
criatividade (Silva et al., s.d), assim como procurar