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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 123 de 520
i) Introdução
A Expedição, pela sua própria dinâmica e funcionalidade, sempre resistiu a um
conhecimento fragmentado e pontual.
Porém a solicitação para uma visão de conjunto e global, provocada pelo efeito que pode ter
um pormenor (aparentemente) inócuo e sem importância, mas que na realidade pode ter
consequências muito graves e até fatais, nunca foi devidamente valorizada, pois a estrutura
do conhecimento que fundamenta a compreensão do fenómeno Expedição não conseguiu
suplantar as limitações de um processo visto predominantemente de uma forma empírica.
Se até determinada altura a prevalência do empirismo se justificou pela incapacidade de
respostas mais rentáveis, actualmente já não tem razão de ser, pois a evolução do
conhecimento tornou possível a sua aplicação a este tipo de fenómeno.
A relação entre o quadro conceptual utilizado e os objectivos que podem ser cumpridos tem,
portanto, que ser clarificada, para que possamos evoluir e encontrar formas mais eficientes
de gerir a todos os níveis a expedição de modo a que este tipo de actividades desportivas
possa de facto conseguir encontrar o espaço que lhe pertence (que vem desde o passado e
que se reflecte no futuro) e assim seja possível cumprir os seus e desígnios e funções.
ii) Desenvolvimento
As actividades desportivas sempre se relacionaram com o contexto em que se integram,
influenciando-o mas também sendo influenciadas por este. São vários os exemplos que
ilustram esta relação, uma ginástica que surge num contexto onde o cartesianismo e a visão
analítica do homem eram dominantes, os desportos colectivos que surgem quando a