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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 197 de 520
Na generalidade, os estudos revistos sugerem uma associação positiva entre a AF dos
progenitores e a AF das crianças e adolescentes, embora fracas a moderadas. 50% dos
estudos transversais analisaram a relação entre a influência parental e AF das crianças e
adolescentes tendo em conta o género do progenitor e do filho. Destes, cerca de 50% dos
estudos tinham amostras compostas por crianças e adolescentes e, nos outros, 50% as
amostras eram compostas apenas por adolescentes. Todos os estudos utilizaram
questionários para aferir a AF e apenas um utilizou o pedómetro em conjunto com a
aplicação do questionário. A influência paterna apresentou geralmente correlações fracas a
moderadas independentemente do género do filho, no entanto estas foram sempre mais
fortes em relação ao filho rapaz do que à filha. Apenas no estudo desenvolvido na Grécia por
Petraki, Derri, Gaintatzis, e Aggeloussis (2006) em crianças dos 10 aos 12 anos foi encontrada
a mesma associação para ambos os sexos. A influência da AF materna apresentou
comummente valores superiores à paterna, embora os resultados continuaram a ser fracos a
moderados.
O Questionário de Baecke (Baecke, Burema, & Fritjers, 1982) permite estimar a AF de 3
índices (trabalho, desportivos e tempos livres). Apenas dois estudos utilizaram os índices
obtidos através deste questionário nos seus resultados. Um dos estudos apenas contemplou
adolescentes enquanto o outro incluiu crianças e adolescentes. As correlações obtidas por
ambos os estudos e em todos os índices foram baixas variando desde -0,04 no índice de
trabalho (Seabra, Mendonça, Göring, Thomis, & Maia, 2008) a 0,241no índice de tempos
livres (Maia et al., 2010), pronunciando uma fraca associação entre a AF paternal e a dos
seus descendentes.