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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 412 de 520
Posto isto, somos levados a reflectir acerca do papel do professor. A estes, “exige-se um
conhecimento profundo da actividade que pretendem efectivamente ensinar”. Relatório da
UNESCO sobre Educação (1996, cit. por Lopes, 2007:p.45)
Segundo Mesquita (2007, cit. por Pereira e Prudente, 2009), os especialistas defendem
actualmente uma didactologia por descoberta guiada, apresentando e oferecendo situaçõesproblema
que possam constituir desafios de aprendizagem para os alunos. Desta forma,
pretende-se que estes adquiram competências que lhes permitam resolver os problemas do
contexto de jogo (Tomada de Decisão).
Uma das finalidades é, portanto, ensinar a pensar, ensinar a decidir. Este ensino (decisão)
resulta da interacção e acção no contexto específico de cada modalidade, ou seja, é uma
ligação funcional que, mais do que dependente das competências do aluno, vai estar
“condicionada pelo próprio contexto” (acção no respectivo contexto). (Araújo, 2005)
Reforçando a ideia, por um lado, Maçãs e Brito (2004) e Vickers (2000, cit. por Pereira e
Prudente, 2009) mencionam que o ensino do jogo deve favorecer a dimensão táctica nos
jovens, com ênfase no desenvolvimento da capacidade de ler o jogo e de tomar decisões no
mesmo. Por outro lado, Paes (1992 cit. por Daolio e Marques, 2003) refere que o aluno,
assim, reproduz apenas movimentos padronizados e não possui uma compreensão dos
objectivos do jogo, nem da sua lógica interna, correndo o risco de uma especialização
precoce numa modalidade.
Então, a não contemplação da tomada de decisão faz com que o aluno seja um mero
reprodutor dos exemplos do professor ou dos colegas, não sendo capaz de perceber o
momento correcto para a execução de uma dada acção (produzir) quando se depara com a
emergência do problema real do contexto. Deste modo, a motivação e o empenho ficam