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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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que O edncaram e O Estado que siibvencionon ossn eiiucaçáo Razão sd náo<br />

a teem os que cegos por iim preconceito <strong>de</strong> raya, que repugna ti pura essencia<br />

<strong>da</strong> alma portugueza, e aperias por tima tenilcncitt iinitativa <strong>da</strong> proxima<br />

colonisação ingleza, teem procurado ~clrit~i.i\lisilr ri'atluella colonia, as<br />

conseqnencias perigosas e irritantes cl'c~sscs prec'oiic~c.itos cujas exteriorisaçóes<br />

se não observam em nenhuma outra colonia portugueza. (I) Em to<strong>da</strong> a<br />

parte o portiigiiez admitte a inferiori<strong>da</strong>dr: do incligena selvagem e <strong>de</strong>sprovido<br />

cle educaçZio, mas em parte algiima tem <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> tratar em pé <strong>de</strong><br />

absolnta egnal<strong>da</strong><strong>de</strong> com o indigena civilieado e iiistriiido.<br />

Na India Portugueza, antigamente, para o provimento dos cargos locaes,<br />

:it6 era condição <strong>de</strong> preferencia o indigenato.<br />

Na propria metropole, nos bancos dos lyceiis e <strong>da</strong>s csi,ol:i* siiperiore*,<br />

o estu<strong>da</strong>nte portuguez consi<strong>de</strong>ra sei1 egual o condiscipnlo <strong>de</strong> cor, e se<br />

a orieiitac;%o <strong>da</strong> siia carreira o impelle para as colonias, ain<strong>da</strong> alli conserva<br />

essa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> moral <strong>de</strong> não negar justiça a quem lh'a mereya.<br />

Se, porkm, crentualmente residir vizinho a Lourenço Marqnes, já o<br />

caso mu<strong>da</strong> e$sencialmente <strong>de</strong> figura, e copiando servilmente o figurino inglez<br />

com receio tle passar por menos civilisado, corara <strong>de</strong> apertar a mão<br />

a qualquer funccionario <strong>de</strong> cor, e reputari todos os restantes indigenas<br />

como indignos e incapazes <strong>de</strong> assimilar a civilisit(;ão europeia, s6 po<strong>de</strong>ndo<br />

ser utilisados como animaes <strong>de</strong> trabalho.<br />

'l1od:is estas i<strong>de</strong>ias sso, pordni, fiin<strong>da</strong>mentalmente ficticias, siiperficiaes,<br />

e para i~tglm V C ~ producto , nnttiral <strong>da</strong>. ten<strong>de</strong>ncia imitativa e vai<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pomposa que habitualmente encobrem a generosi<strong>da</strong><strong>de</strong> tão prova<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

nossa raça. I<br />

Se o indigena a que p.c refere a'transcripçiio supra se via forçado a<br />

repellir a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos inclividuos (ta siia raca, isso não <strong>de</strong>monstra <strong>de</strong> forma<br />

alguma que a +Lia ~duc.ação tivesse sido iim erro, mas antes faz resaltar<br />

a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> iiistriiir quanto antes to<strong>da</strong> a collectivi<strong>da</strong>(1e indi~ena.<br />

(1) Estas pal:i\.r;i\ ii5n \i.s;iiii :i lit~ssoa<br />

do actiial poverriador, que é um dos<br />

mais distinctos fiinccioiiai~ios porliiguezes. í!iiei.emos referir-nos a uma ten<strong>de</strong>ncia<br />

local bastante lameii tavel.

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