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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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REGIMEN DA MÃO D'OHRB LOCAL<br />

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Assim, na epoclia em que a escravidão campeiava em to<strong>da</strong> a bacia<br />

mediterranea e em nnmeroeas naç6es do sul, constitnia um facto excepcio-<br />

nal na Germania e em outras regióes (10 norte <strong>da</strong> Europa.<br />

A escravidáo ngo teve i<strong>de</strong>ntica origem em todos os povos <strong>da</strong> anti-<br />

gui<strong>da</strong><strong>de</strong> ; milito frequentemente resultava <strong>da</strong> sobreposição violenta <strong>de</strong> duas<br />

raças. Os Ilotas <strong>da</strong> Lace<strong>de</strong>mvnia e os P1x1nestas <strong>da</strong> Thessalia eram popii-<br />

laçGeu autochtones que a conquista reduziu á escravidáo.<br />

Em Roma só começou a clesenvolver-se quatro ou cinco seculos <strong>de</strong>pois<br />

<strong>da</strong> fi~n<strong>da</strong>çao <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas attingiu um incremento extraordinario com as<br />

gran<strong>de</strong>s guerras, em que se fizeram centenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> prisioneiros que<br />

nunca podiam ser trocados o17 resgatados, e qne eram sempre reduzidos Q<br />

condiçgo <strong>de</strong> escravos. Em to<strong>da</strong> a Grecia a escravidáo <strong>de</strong>senvolveu-se tam-<br />

bem d'uma maneira extraordiiiaria. Diz Hoeck que em Athenas nem o mais<br />

pobre ci<strong>da</strong>dbo <strong>da</strong> republica <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> possuir pelo menos um escravo.<br />

Os paizes que principalmente forneceram <strong>de</strong> escravos a Grecia e Roma,<br />

até á conquista <strong>da</strong>s Gallias por Julio Cexar, foram a Thracia, a Scythia,<br />

a Dacia, a Getia, R Phrygia, o Ponto, isto 6, o sul <strong>da</strong> Europa Occi<strong>de</strong>ntal<br />

e uma parte <strong>da</strong> Asia Menor. Os gran<strong>de</strong>s mercados eram o emporium <strong>de</strong><br />

Tanais, Epheso, Sidé, Samos, Athenas e Delos. A condição dos escravos<br />

na antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>, E geralmente conheci<strong>da</strong> ; pobres parias tratados peior que<br />

animaes <strong>de</strong> carga, e ciija vi<strong>da</strong>, á discreção dos seus proprietarios, era um<br />

tormento constante.<br />

Ninguem era forçado a cumprir um contracto celebrado com um es-<br />

cravo; a lei romana consi<strong>de</strong>rava este, como parte contractante, non tam<br />

ailis qzinm ~zullzis.<br />

S6 com o imperio í: que se crearam algumas leis <strong>de</strong> protecção tão<br />

limita<strong>da</strong>s e elasticas, que se po<strong>de</strong>m comparar ás medi<strong>da</strong>s hoje adopta<strong>da</strong>s<br />

pelas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s protectoras dos animaes.<br />

A escravidgo subsistira em to<strong>da</strong> a Europa durante o E<strong>da</strong><strong>de</strong> Media e<br />

uma parte dos tempos mo<strong>de</strong>rnos. As causas do seu <strong>de</strong>sapparecimento fo-<br />

ram economicas e religiosas, mas mais economicas do que religiosas. O<br />

empobrecimento do solo esgotado pelo trabalho intensivo dos escravos,<br />

a insegurança <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> e portanto do capital-escravo, a enor-<br />

Y<br />

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