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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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,520 POLITICA INDIGENA<br />

quer a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> intervenção d'uma auclori<strong>da</strong><strong>de</strong> indigena nos seus<br />

actos, ain<strong>da</strong> os mais criminosos, faz con<strong>de</strong>mnar o emprego, pelo menos ex-<br />

clusivo, <strong>da</strong> policia indigena que forçosamente viria a ser inutil, ou <strong>da</strong>ria<br />

azo a situaçóes <strong>de</strong> manifesto <strong>de</strong>sprestigio para a corporagho.<br />

Nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s eni que predomine gran<strong>de</strong>mente o elemento europeu, a<br />

policia branca e civilmente organiza<strong>da</strong> é a melhor forma <strong>de</strong> garantir a<br />

or<strong>de</strong>m publica. Quando o elemento indigena seja tambem muito numeroso,<br />

e principalmente quando se agriipe em bairros especiaes, como ordinaria-<br />

mente acontece com os chinezes e com os pretos, torna-se entso muito<br />

necessaria a constitiiiçíio <strong>de</strong> foryad <strong>de</strong> policia indigenn especialmente <strong>de</strong>s-<br />

tina<strong>da</strong> a policiar esses bairros,<br />

Nas colonias <strong>de</strong> vastissima extens8o territorial, em que os colonos<br />

europeus que se <strong>de</strong>dicam á indiistria agricolit ou mineira se encontram<br />

isolados, a gran<strong>de</strong>s distancias uns dos outros e dos centros populosow, e por-<br />

tanto sujeitos a serem, pessoalmente ou nos seus haveres, victimas <strong>de</strong> mal-<br />

feitores, impóe-se a institiiiçko cle corpos <strong>de</strong> policia irionta<strong>da</strong>, bem arma<strong>da</strong><br />

e dota<strong>da</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> que lhe permitta longas patr:ilhas, e acor-<br />

rer rapi<strong>da</strong>mente on<strong>de</strong> o seu aiixilio fôr necessario. Este systerna <strong>de</strong>u ex-<br />

cellentes resultados na Australia.<br />

Portugal táo bem tem sabido utilisar o concurso dos indigenas <strong>da</strong>s<br />

suas colonias na constituição <strong>da</strong>s tropas regulares, como na formaç&o dos<br />

corpos <strong>de</strong> policia. Em Macau, na India e em Africa, é sempre com reco-<br />

nheci<strong>da</strong> vantagem que assim se tem procedido. Em Moçambique, por exem-<br />

plo, as ensacas <strong>de</strong> cipnes emprega<strong>da</strong>s na policia rural do norte ao sul <strong>da</strong><br />

provincial umas vezes submetti<strong>da</strong>s directamente ás auctori<strong>da</strong><strong>de</strong>s europeias<br />

e outras vezes sob a direcção dos chefes indigenas, teem sido um admira-<br />

vel instrumento <strong>de</strong> pacificação e <strong>de</strong> penetração. Acerca <strong>da</strong> utilisaçiio d'estes<br />

irregulares no districto <strong>de</strong> Moçambique escreve o Sr. Conselheiro Forjaz<br />

<strong>de</strong> Serpa Pimentel as seguintes palavras. (')<br />

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