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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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1<br />

REGIWEN DA MAO D'OBRA LOCAL<br />

-<br />

prejudicar bastante os carregadores, obrigando-os a <strong>de</strong>dicar-se aos trabalhos<br />

agricolas.<br />

Para a provincia <strong>de</strong> S. Thomé e Principe foram em tempo <strong>de</strong>creta-<br />

<strong>da</strong>s, pelo Sr. Consrlheiro Ferreira do Amaral, leis espeeiaes para a repres-<br />

são <strong>da</strong> vadiagem. No Congresso Colonial <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong> 1901, o Sr. Francisco<br />

Mantero advogou a urgencia <strong>de</strong> se <strong>da</strong>r cumprimento integral a esstls leis<br />

e a conveniencia que haverib em torna-las extensivas á provincia <strong>de</strong> Angola.<br />

Na sua tliese <strong>de</strong>fendia-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> creaçzio <strong>de</strong> policia urllana e rural,<br />

applica<strong>da</strong> especialmente á perseguição dos vadios, e a instituiç~o <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>positos lienaes em ca<strong>da</strong> concelho para vadios incorrigiveis, aproveitando-se<br />

o tra1)allio d'elles em obras <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s e saneamento, sob a vigilancia<br />

e guar<strong>da</strong> <strong>da</strong>s respectivas auctori<strong>da</strong><strong>de</strong>s locaes administrativas oii rnili-<br />

tares.<br />

h'a these xv111 apresenta<strong>da</strong> rio referido Congresso pelo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Villa Ver<strong>de</strong>, e na qual se reclama para a Zamhezia em i<strong>de</strong>ntieos termos a<br />

repressão <strong>da</strong> vadiagem, estabelece-se a seguinte <strong>de</strong>finição : a: Serão consi<strong>de</strong>-<br />

rados vadios todos os pretos que não tiverem varzeas suficientes para a<br />

sua alimentação e <strong>da</strong>s suas familias, \)em como riquelles que forem apanha-<br />

dos em~flagrante <strong>de</strong>licto <strong>de</strong> roubo ás plantaçóes, o11 a cortar palmeiras, em-<br />

bora essas Ihes pertençam ».<br />

Quanto ri vadiagem no sul <strong>da</strong> provincia <strong>de</strong> Moçambiqiie, refere-se a<br />

ella o Sr. Conselheiro Freire d7Andra<strong>de</strong>, nos wgiiintes termos:<br />

«. . . Mas, tatnbem 6 preciso que se não consinta ao preto o viver sem<br />

trabalho e que a escravatura x que niio <strong>de</strong>ve ser submettido a imponha<br />

aos entes mais fracos <strong>da</strong> familia, para trabalharem para elle, como<br />

actualmente siici~~Zc, pois que a miilher B entre os indigenas o unico ente<br />

que trabalha e prodiiz tudo que ao consumo do homem se torne necessario.<br />

Se nas commilni<strong>da</strong><strong>de</strong>s civilisa<strong>da</strong>s a vadiagem & <strong>de</strong>licto, que n'aqiiella<br />

formar, não seja ella ri regalia do preto, e qiie uma senque<br />

sibili<strong>da</strong><strong>de</strong> entendi<strong>da</strong> náo siipponha ser escravatura a imposição do trabalho<br />

ao homem <strong>de</strong> cor, quando as circ~imstancias e a lei na0 permittem a<br />

ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong> ao branco. As necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> civilisa~áo nas gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

obrigam a duro e terrivel trabalho o homem, a mulher e até a CreanÇa

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