Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

112 POLITICA INDIGENA
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a colonia, onde seria inutil pensar em ~nanter perd~ravelrnent~ o glorioso
pendgo nacional.
Essa desnacionalisayáo, que 6 conveniente evitar na sociedade co-
lonisadora, é indigpensavel que se impeça por todos os meios nas popula-
çóes indigenas. Precisamente em Moçambique, a emigração para o Rand
e a conseqiiente aprendizagem da lingua ingleza em detrimento da portu-
gueza, estáo-nos diariamente causando enormes prejuizos, pela perda do
cunho portilgiiez que os indigenas, porventura, tivessem anteriormente
adquirido.
E frequentissirno, d'uma frequencia aterradora, encontrar nos districtos
c10 sul de Moçambique, indigenas que só comprehendem o inglez. A
isto scí se pcíde responder, com iimtt intensissima propaganda de ensino da
lingua portugueza. Em França, apesar da opinião em contrario de alguns
coloniaes que apontam o ensino do francez na Tunisia, como tendo apenas
servido para crear rebeldes, insubmissos e descontentes. o ensino da lingua
nacional é inteneamente feito em todas as suas colonias.
A pn)~)ria iniciativa particular tem-se dedicado com o maximo interesse
á irradiação da lingiia frnnceza como instrumento de nacionalisaçáo.
A Alliance ETangai..~, fundada em Junho de 1883, possue hoje mais
de 50:000 adherentes em França, e no estrangeiro, e foi officialmente reconhecida
em 1886 como estabelecimento de utilidade pnblica. C) fim a que
se propõe esta importante associaçác, é o de propagar o ensino do francez
no estrangeiro e principalmente nas colonii~s; para isso tem poderosos
meios de acção, taes como escolas proprias para creanças ou adultos, subvenção
a escol,is estranhas, particulares ou officiaes. em que se ensine o
francez, e o ciiyteio dos cursos de fr~ailcez introduzidos nas escolas indigenas,
onde primitivamente não fossem professados.
Esta obr:t eminentemente patriotira alcança crescentes e ~aliosos resultados
do seli esforço inspirado e constante de propaganda instriictiva e
nacionalisadora. A questão do ensino da lingua nacional tem sido larg*
mente debatida em todos os centros e publiaaçóes coloniaes, havendo quem
pregue o abstencionismo completo, fazendo-se toda a 1nstrucc;áo dos indigenas
na sua propria lingua; e quem, pelo contrario, apresente o ensino da