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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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304 PULITICA IKDIGENA<br />

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mesmo anteriormente, começou a importação 40s escravos. Durante a administração<br />

d'estes donatarios, e dos que se lhe seguiram-João Pereira, A1varo<br />

<strong>de</strong> Camintia e Feriiam <strong>de</strong> hIello-a mHo d'obra agricola era cxcliisivaniente<br />

fornec'i<strong>da</strong> pelos escravos trazidos <strong>da</strong> Giiiné e <strong>de</strong> Angolzi, e pelos<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us expulsos <strong>da</strong> metropole.<br />

Quando, com o regresso á adrninistrayáo directa em 1,522, começaram<br />

a afflliir a S. Shomé numerosos colonos ma<strong>de</strong>irenses que implantaram na<br />

ilha o cultivo <strong>da</strong> canna <strong>de</strong> assucar, tlescilvolveii-se bastante a agricultura<br />

que, contando seguramente coni o fornecimento illimitado <strong>de</strong> escravos,<br />

attingiu em nieiados do seciilo xill urna adrniravel prohperi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A per<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia nacional, e o <strong>de</strong>smoronarncnto geral do imperio colonial<br />

portuguez, fizeram-se sentir dcsastrosanientc em S. Tlioiné, ~rrninanclo a<br />

indiistria assucareira, e obrigando os coloilos a emigrar para o Hraxil, abandonando<br />

as plantaçóes, e <strong>de</strong>ixando 03 escravos que entregues a si proprios se<br />

lançaram na niai~ assulcidora anarchia, disper3ando-se pela ilha c recahindo<br />

em plena selvagc~ria.<br />

N'esae e~t~rtlo <strong>de</strong> qiiitui completo abantlono se oonservoii a colonia até<br />

ao principio do seculo XIX, introduzindo-se entko as ciiltiiras do café em<br />

1800, segundo o Snr. Alma<strong>da</strong> Negreiros, ou em 17'35 segundo o Snr. Xugusto<br />

Ribeiro, c do cacaii em 1822, <strong>da</strong>ta em qiic começou o resurgirncnto<br />

<strong>da</strong> obra colonisadora qiic actiialmente enthiisiasma e assomlra tanto naciorinee<br />

como estrangeiros. Ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s plantay6es <strong>de</strong> caf6 e <strong>de</strong><br />

cacau correspontl~~ii urna nova era tlc importaqso <strong>de</strong> esrravos. Entilo, como<br />

no primeiro per tlo liistorico, como ain<strong>da</strong> rios noqsos dias, a insiifficiencia<br />

e incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> ('. i inAo d'obra local irnpiinham o recurso á immigraçgo, como<br />

iinico iiieio <strong>de</strong> e r3rancar tio exhuberantissimo solo <strong>da</strong> ilha, as inexgotaveis<br />

riquezas agrico1.1- qiir elle p6<strong>de</strong> produzir. Estava, conltiido, ain<strong>da</strong> reserva<strong>da</strong><br />

A acci<strong>de</strong>nta<strong>da</strong> existencia d'estã colonia mais uma terrivel prooaçáo, a aboliçáo<br />

<strong>da</strong> escravatura. Este golpe profundo, e que podia ter sido mortal, se<br />

os opiilentos restou <strong>de</strong> terra africana que Portugal conserva não fossem<br />

provi<strong>de</strong>ncialmente táo populosos, influiu, to<strong>da</strong>via, no progresso agricola, atrazando<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente a valorisação do solo e o movimento cominercial<br />

que d'ella resulta. A escravidão foi aboli<strong>da</strong> nas colonias portuguezas por

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