07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

554 POLITICA INDIGENA<br />

- -- - - -<br />

culta a intervençáo mascara<strong>da</strong> c10 eIemento protector nos negocios e na<br />

administração do protegido, ora teniie ora energica, mas sempre dissimu-<br />

la<strong>da</strong> e subtil. Para o progresso econoniico tla colonia sobrevem a vantagem<br />

dos encargos financeiros serem muito menores do que no reçimen <strong>de</strong> admi-<br />

nistração directa, o que naturalmente perrnitte mais proficna applicaçáo<br />

<strong>da</strong>s receitas orçamentaes. No rrçimen r10 protectorado, a nação clominadora<br />

po<strong>de</strong> aproveitar to<strong>da</strong>s, absolutamente todtis, as instituiçúes admiriistrativas,<br />

militares, judiciaes, etc., j;i existentes, muitas <strong>da</strong>s quaes se administrasse<br />

directamente se veria força<strong>da</strong> a siipprirnir por muito tolerante que a sua<br />

politicn fosse, e o eiemento nativo <strong>de</strong>ixar-se-ha conduzir na sen<strong>da</strong> do pro-<br />

gresso quasi ineensivelmente.<br />

O papel importantissimo que, em todos os systeinas <strong>de</strong> administraçáo<br />

colonial, <strong>de</strong>sempenham os funccionarios europeus encarregados <strong>de</strong> dirigir e<br />

fiscalizar a administraqáo local, e R circumstancia do progresso politico e<br />

economico, e a educação administrativa <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> nativa, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r essen-<br />

cialmente do valor e <strong>da</strong> orientação d'esses funccionarios, mostra-nos a im-<br />

portante necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> preparação previa e cui<strong>da</strong>dosa d'urna corpora!.Ho<br />

ou d'um quadro administrativo absolutamente á altura <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r correq[)oii-<br />

<strong>de</strong>r ás exigencias <strong>da</strong> situaçáo em ca<strong>da</strong> colonia.<br />

aÉ evi<strong>de</strong>nte que o serviço ganha em ser feito por homens edli{.ticius<br />

<strong>de</strong> antemão e experimentados, ;to <strong>de</strong>pois, no <strong>de</strong>sempenho continuado <strong>de</strong> 10-<br />

gares <strong>da</strong> mesma natureza tectinioa. É: urna ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que riáo precisit ile<br />

<strong>de</strong>monstração. Hoje, nas nossas colonias, muitos são os serviqos <strong>de</strong>semlllh-<br />

nhados por funccionarios <strong>de</strong> carreira e quadros espcciaes, mas nilo v ~ c<br />

longe o tempo em que <strong>de</strong> Portugal se man<strong>da</strong>va quem quer que fosse paill<br />

servir <strong>de</strong> engenheiro ou contliictor <strong>de</strong> obras publicas ; professores qurx ni 11<br />

sabiam ler e outros empregados <strong>de</strong> egual jaez. Comtudo, ain<strong>da</strong> actualnien.<br />

os logares <strong>de</strong> admi~zistrndores coloniaes, os <strong>de</strong> mais complexo exerci( )<br />

assim como os <strong>de</strong> mais alta responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. RXO logares abertos, on<strong>de</strong> el<br />

tra quem quer, ou quem po<strong>de</strong> dispor <strong>de</strong> empenhos, e d'on<strong>de</strong> se sahe com<br />

mesnia facili<strong>da</strong><strong>de</strong> com que se entra. sem que a experiencia sirva - vonl<br />

<strong>de</strong>via ser - <strong>de</strong> justificado documento a novas pretençóes, sem que a incs<br />

periencia para uns e a má conductn para outros sirvam <strong>de</strong> impecillio

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!