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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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<strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1858 que fixava iim periodo <strong>de</strong> 20 annos para a<br />

emancipaç80 progressiva dos escravos qiie, se ain<strong>da</strong> algiins lioilvesse em<br />

lS78, passariam á condiçáo transitoria <strong>de</strong> libertos.<br />

A lei <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> fevcreiro <strong>de</strong> 1869, referen<strong>da</strong><strong>da</strong> por Sri <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira,<br />

impunha a transformaçáo immediata dos escravos cm libcrtos e reforçava<br />

s anterior, abolindo tambcm para 1878 a referi<strong>da</strong> condiçrio intermedia do<br />

trabalho obrigatorio dos libertos. Pela lci <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1875 foi antecipa<strong>da</strong><br />

para 1876 a emancipaçilo gcral dos escravos em to<strong>da</strong>s as colonias<br />

portiiguezas, terminando <strong>de</strong>finitivamente o trabalho obrigatorio dos libertos.<br />

Em S. ThomB ntio se esperou qiie <strong>de</strong>corresse o praso <strong>de</strong> um anno disposto<br />

na lei. 0s libertos, nas vesperas <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> coinpleta, niillamente preparados<br />

para a comprehendcrem e ~gra<strong>de</strong>cerem, e segiiiiido os perniciosos<br />

. ~cmplos e conselhos <strong>da</strong> parte livre <strong>da</strong> população, escoria abjecta e viciosa<br />

qne tem sido sempre um embaraço serio para a exploração agricola <strong>da</strong><br />

ilha, começaram a revoltar-se contra os patróes e a entregar-se a excessos<br />

<strong>de</strong> to<strong>da</strong> a or<strong>de</strong>m. Creoii-se assim um estado <strong>de</strong> coisas anormal e uma angustiosa<br />

incerteza a que era ilecessario prover <strong>de</strong> prompto, com uma solnçZo<br />

-6ca;z que procurasse conciliar os interesses #uns com a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> dos outros.<br />

O governador (1% ilha, Gregorio José Ribeiro, enten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>ver anteci-<br />

par a execiiçáo <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 1875 e aboliu o tralnlho obrigatorio dos libertos,<br />

-endo esta medi<strong>da</strong> confirma<strong>da</strong> pelo governo <strong>da</strong> metropole no <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 3<br />

<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1876.<br />

O remedio fez peior que a molestia. Oa libertos gregorianos associa-<br />

ram-se á população local, abandonaram cm massa as plantaçóes, e recuza-<br />

ram absolutamente retomar o trabalho, preferindo-lhe a ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong> tão cara<br />

aos <strong>da</strong> sua raça, e passando a viver do prodiicto dos roubos e <strong>de</strong>pre<strong>da</strong>~órs<br />

que llies rendia a siia feliz condição <strong>de</strong> vadios em tão iiberrimo solo.<br />

N'cstas circiimstancias, muitos dos roceiros, completamente <strong>de</strong>sanima-<br />

dos, vcndo itnirjiiillado o frncto do scii ardiio labiitar, e prociiranclo evitar<br />

a riiina complctn qiie ,julgccvarn inf,tllivc.l, cleixaram a, colonia, ce<strong>de</strong>ndo as<br />

suas rotas por preyos irrisorios.<br />

Outros mais aiiimosos, oii mais previ<strong>de</strong>ntes, resistiram energicamente<br />

ao <strong>de</strong>sanimo que diff~indiam nos espiritos, os gran<strong>de</strong>s prejuizos e as enor-<br />

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