07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

I (<br />

206<br />

- i<br />

POLITICA INDIGENA<br />

seu atrazadissimo estado social e a forma porque se realisa a pseudo-elei-<br />

ção, para que esse generoso intuito seja totalmente falseiado.<br />

Se, pelo contrario, a eleição <strong>de</strong> <strong>de</strong>putados pelas colonias, obe<strong>de</strong>ce ao<br />

plano <strong>de</strong> ter no parlamento nacional, quem conheça bem as questóes que<br />

se lhe relacionam, <strong>de</strong> forma a justificar a acção parlameiitnr na legislação<br />

colonial, ain<strong>da</strong> n'este caso, não se attinge o fim proposto. Pondo <strong>de</strong> parte<br />

Portugal, on<strong>de</strong> os <strong>de</strong>putados ultramarinos raras vezes chegam a conhecer<br />

mais que os nomes geographicos <strong>da</strong>s colonias que os elegeram, e tomando<br />

para exemplo a França, reconhece-se que a infliiencia parlamentar em as-<br />

sumptos <strong>de</strong> administrayáo colonial é tudo quanto po<strong>de</strong> haver <strong>de</strong> mais per-<br />

nicioso. De resto, essa inflnencia apenas alli se exerce sobre a Argelia as-<br />

simila<strong>da</strong> (?) e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do ministerio do interior e sobre as velhas<br />

colonias Gran<strong>de</strong>s Antilhas e Reunião. Para to<strong>da</strong>s as outras, são lei os <strong>de</strong>-<br />

cretos presi<strong>de</strong>nciaes e o5 simples <strong>de</strong>cretos emanados do po<strong>de</strong>r executivo por<br />

<strong>de</strong>legação do legislativo. Entre nós, para temperar um pouco os excessos e<br />

<strong>de</strong>longas <strong>da</strong>s disc~nssóes parlamentares, existe a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> concedi<strong>da</strong> tio mi-<br />

nistro do ultramar, pelo Acto Adiccional, <strong>de</strong> <strong>de</strong>cretar para as colonias nos<br />

interregnos parlamentares as medi<strong>da</strong>s julga<strong>da</strong>s <strong>de</strong> interesse urgente.<br />

Eduardo Costa escreveu.<br />

ulembrêmo-nos que ha trinta a quarenta formas <strong>de</strong> governo para<br />

as possessóes e colonias britanicas, e isso nos basta para certamente con-<br />

cluir, que ellas não po<strong>de</strong>riam sal-iir d'umn numerosa assembleia legisla-<br />

tiva composta, ncc sua maioricc, <strong>de</strong> pessoas, que não conhecem e náo po<strong>de</strong>m<br />

conhecer as caus:ts e as necessi<strong>da</strong>cles d'uma tal diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. w<br />

Effectivam,bnte é um gran<strong>de</strong> inconveniente a ingerencia dos parla-<br />

mentos na administração colonial, mas é preciso concor<strong>da</strong>r que ella i! a<br />

consequencia natiiral <strong>da</strong> rcpresenta(;áo arl lamentar <strong>da</strong>s colonias. Por isso,<br />

para as colonias mixtas, em que a população indigena predomine gran<strong>de</strong>-<br />

mente, não <strong>de</strong>ve Iiaver direito & representação parlamentar. Nas colonias<br />

<strong>de</strong> povoamento ri io se po<strong>de</strong> reciisar o direito <strong>de</strong> voto aos ci<strong>da</strong>dãos <strong>da</strong> raça<br />

colonisadora, ma-. n'este caso, para a eleição <strong>de</strong> parlamentos locaes e não<br />

para enviar <strong>de</strong>legados Ct representação nacional.<br />

Quanto ao voto para os cargos administrativos secun<strong>da</strong>rios, po<strong>de</strong> e<br />

I

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!