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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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524 YOLITICA INDIGENA ,<br />

- .-<br />

braço amado, ooncorrendo irmãmente com os europeus na <strong>de</strong>feza dos inte-<br />

resses e <strong>da</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia <strong>da</strong> patri~. E <strong>de</strong>pois, se ee administrar sob o<br />

regimen dii assimilação politica, a patrirt B uma sC e commum a todos os<br />

nacionaes sem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> côres, <strong>de</strong> raças, <strong>de</strong> linguas ou <strong>de</strong> fronteiras<br />

geographicas. E' justa essa iitilisaçiio, e po<strong>de</strong> representar mesmo uma van-<br />

tagem militar inapreciavel.<br />

Reata saber se será possivel. Sob este ponto <strong>de</strong> vista surge, em<br />

regra, um obice importante, quando liaja <strong>de</strong> se effecturtr o transporte <strong>da</strong>s<br />

tropas indigenas pela via maritima. E' o <strong>da</strong> naçko colonial gozar, ou náo,<br />

em relação ao outro belligerante, <strong>da</strong> hegemonia naval que lhe facultari o<br />

dominio e livre transito dos mares.<br />

No primeiro caso, é sempre possivel o aproveitamento <strong>da</strong>s forcas<br />

coloniaes na metropole; no segundo caso o scu transporte 6 uma aventura<br />

perigosa e par fórma algiimn recommen<strong>da</strong>vel. A França utilisou em to<strong>da</strong>s<br />

as guerras do segundo imperio os seus batalhóes <strong>de</strong> atiradores argelinos,<br />

e na Iiistoria <strong>de</strong> Roma lia frequentes exemplos <strong>de</strong> se empregarem na <strong>de</strong>feza<br />

<strong>da</strong> propria metropole tropa? cxcliisivamente recrota<strong>da</strong>s entre os habitantes<br />

doa paizes avassalados.<br />

Finalmente, falta-nos s6 discutir a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do emprego <strong>da</strong>s<br />

forças indigenas no serviço <strong>de</strong> guarniçáo <strong>da</strong> metropole em tempo <strong>de</strong> paz.<br />

E' claro que scí acci<strong>de</strong>ntalmente po<strong>de</strong>ria haver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> importar os<br />

effectivos indigenas ((a9 colonias para guarnecer a metropole, mas, ain<strong>da</strong><br />

que easrt necessi<strong>da</strong>ile fosse muito imperiosa, o que B pouco provavel, os<br />

gran<strong>de</strong>s e inevitaveis inconvenientes d'essa medi<strong>da</strong> bastariam para a<br />

con<strong>de</strong>mnar i11 lit~rine.<br />

Os indigenas acceitarinm mal esse serviço a que não reconheciam<br />

utili<strong>da</strong><strong>de</strong> visivel, e qiie representava um longo afastamento <strong>da</strong> terra natal<br />

em climas para elles geralmente inhospitos, e as populaçóes europeias clif-<br />

ficilmente tolerariam que a or<strong>de</strong>m fosse manti<strong>da</strong> por individuos <strong>de</strong> cor e<br />

lingua differentes. Os conflictos seriam amiu<strong>da</strong>dos e o <strong>de</strong>sprestigio do tini-<br />

forme tornar-se-hia sensivel.<br />

Do que <strong>de</strong>ixamos dito conclue-se, portanto, que as tropas indigenri~

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