Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

114 POLITICA INDIGENA
3.0 Que o conliecimento das ling~ias indigerins seja rigorosamente
exigido aos fiinccionarios c magistrados coloniaes.
4.O Que sejam concedidas f.acilidndcs aos indigenas siiperiormente
intclligcntes, para segiiir nas iiniversidades cla mctropole os cursos de
ensino siipcrior. D
Como resalta d'eates votos, a utilidade pratica inilliidivcl da instriic-
@o indigena, levoii este importante congresso, :t qiic concorreram os vultos
mais eminentes do meio colonial francez, a consagrar definitivamente nos
processos da colonisação franceza esse factor imprescindivel do civilisação
geral e de aperfeiçoamento social. Vamos agora ver como se encontra organisado
nas nossas colonias o ensino indigena, ciija importancia temos prw
ciirado cvidciic.iar.
Ensino indigena nas colonias portuguezas
Na phasc inicial da colonisaç&o portugueza, a feipão educativa era
caracterisada qiiasi exclusivamente pelo proposito evangelisador, e qiiasi
sempre benefiviada com o ensino da lingiia portiigiieza para facilitaqão da
catechese. 0s ini~sionarios portu~~i~z~s, qiic sempre acompanharam todos
os emprehendiiricntos coloniaes, fi)ram os mais ardentes e corajosos pioneiros
da doutriiiri, ;to christá a da infliiencia portng~icza. Os resiiltados alcançados
na India. em todo o Extremo Oriente, no sertão de Angola, na Zambezia,
no Congo ctc., foram tão importantes que ainda 1i0,je siirprehendem.
O conhec* iiiento do portiiguez perdiirou tão longamente nas successivas
geraçó,.: indigenas que, ainda em 1854, Livingstone admirava o
grande niimero ilc indigenas d'Ambaca que fallavam e escrcviarn o portugiiez,
e que era milito superior ao dos alumnos das missões, ainda n'essa
epocha alli exi*tcbntes. Os nossos missionarios não se limitaram, porem, &
catechisação do. indigenas nos nossos dominios; impellidos pela loiicura
febril do proselytismo religioso, aspirando eterna bemaventurancia como