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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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eu para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> riqueza <strong>da</strong>s colonias mo<strong>de</strong>rnas, Se olhar-<br />

mos a questão sob o aspecto restricto do interesse economico do momento,<br />

é incontestavel que sem a escravatura, teria sido impossivel <strong>da</strong>r 4 indus-<br />

tria assiicareira <strong>da</strong> America, o gran<strong>de</strong> inipulso que fez attingir n'aquelles<br />

estabelecimentos coloniaes, um grau <strong>de</strong> prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong> e uma acciimulação<br />

<strong>de</strong> riqueza tão importante como epliemera e ficticia.<br />

Roscher, economista allemão citado por Leroy Beaiilieu, disse o se-<br />

guinte : a A escravatura tem um brilhante lado economico.. . . . . . . . . A in-<br />

justiça social <strong>da</strong> escravatura fez per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista as suas vantagens econo-<br />

micas. D<br />

Quaes são essas vantagens?<br />

Oliveira Martins <strong>de</strong>fine-as nos seguintes periodos. c A escravidão tinha<br />

pois um papel positivo e econoinicamente efficaz, sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong><br />

prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s plantaçúes. Não basta dizer que o trabalho escravo é mais<br />

oaro, e que o preto livre trabalha -factos aliás exactos em si -porque é<br />

mister accrescentar que o preto livre sd trabalha intermittentemente ou<br />

excepcionalmente; e que o mais elevado preço do trabalho escravo era com-<br />

pensado pela constancja e permanencia do funccionar d'esse instrumento<br />

<strong>de</strong> producção. As ciiltiiras exoticas - caf4, algodão, assucar, etc., - mais<br />

que nenhumas oiitrns, exigem em <strong>da</strong>dos inomentos a certeza absoluta dos<br />

braços trabalhadores ; e era isso o que a escravidão <strong>da</strong>va e o trabalho li-<br />

vre não po<strong>de</strong> garantir. r Uma <strong>da</strong>s peiores consequencias economicas <strong>da</strong> e3-<br />

cravidão é que o monopolio cultural <strong>de</strong> producto exportado impe<strong>de</strong> a alter-<br />

nação <strong>da</strong>s culturas, esgota a terra e precipita a <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ncia <strong>da</strong> colonia tão<br />

rapi<strong>da</strong>mente quanto, <strong>de</strong> começo, a fez prosperar.<br />

Leroy Beaulieu accentua esta opinião nos seguinteu termos. cA es-<br />

cravatura foi util aos primeiros colonos, B puerili<strong>da</strong><strong>de</strong> negá-lo, mas essa<br />

utili<strong>da</strong><strong>de</strong> foi momentanca, durou cem ou cento e cincoenta annos talvez e<br />

trouxe por fim o empobrecimento. E' esta a razão porqiie a escravatura G<br />

nociva e porque, afinal, mesmo sob o ponto <strong>de</strong> vista economico, digam Ros-<br />

cher e Merivale o que disserem, <strong>de</strong>ve ser con<strong>de</strong>mnadn, não porque não te-<br />

nha singularmente contribuido no passado para o rapido progresso <strong>da</strong>s<br />

colonias e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> producção dos generos coloniaes, nãlo porqiie

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