07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

sni POLITICA INDIGEXA<br />

apropriando-se a respectiva colheita, mediante rima simples sentença do<br />

juiz <strong>de</strong> paz.<br />

Se o <strong>de</strong>vedor se csqniva ao pagamento, o branco po<strong>de</strong> fazer ven<strong>de</strong>r<br />

em hasta publica a collicita penhora<strong>da</strong> pagando-se directamente.<br />

Acerca <strong>da</strong> iitilisação d'este systerna <strong>de</strong> garantias nas colonias fran-<br />

cezae, Giranlt escreve o seguinte :<br />

A expcriencia mostrou qiic as apprcliens6cs <strong>da</strong> commissáo <strong>da</strong> assembleia<br />

<strong>de</strong> 1851 náo eram fi~n<strong>da</strong><strong>da</strong>~. Assim, em 1874, náo se liesitou em <strong>de</strong>senvolver<br />

egta inatitiiiyáo: o ciircito <strong>de</strong> negociar emprestimos sobre collieitas<br />

pendcntc~, que atC então só pcrtcnc~ra ao proprietario, foi gcneralisado<br />

aos ren<strong>de</strong>iros, nttnyers, locatarios dc tcrrcnos c emprezarios <strong>de</strong> plantaçóes,<br />

que actualmente gosam d'esse direito sob a reserva <strong>da</strong> nnnnencia do senhorio<br />

<strong>da</strong>s tcrras. » (I)<br />

O juro anniial que vencem esses rmprestimos B <strong>de</strong> 6 a 9 O/, na Indo-<br />

China e <strong>de</strong> 5 O/, na Giia<strong>da</strong>lupc, Martinica c Reiinião. Nas outras colonia~,<br />

que nos conste, os estabclccimentos bancarios ngo rcalisam emprestimos<br />

sobro colheitas pen<strong>de</strong>ntes, nem aos colonos nem aos agricnltores indigenas.<br />

O credito ngricoln pessonl, qiie se firma unicamente nas <strong>de</strong><br />

caracter do <strong>de</strong>vedor, na sua repiitaçgo <strong>de</strong> probi<strong>da</strong><strong>de</strong> e nas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

traballio já <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s, apparece-nos, como diz o Sr. João Ulrich, .na<br />

Iiistoria <strong>da</strong>s institiiições rconomicas como manifestação evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> aperfei-<br />

çoa<strong>da</strong>s organis~qúcs superiores, dcvendo consi<strong>de</strong>rar-sc adiantado estadio<br />

evolutivo qiic o credito real prececleii.><br />

N'esta.j circiimstancias 6 facil rcconhcccr que, o que ain<strong>da</strong> hoje re-<br />

presenta iim i<strong>de</strong>al por attingir na gr'in<strong>de</strong> maioria doa meios agricolas civi-<br />

lisados, on<strong>de</strong> R commcrci~1isaçHo<br />

<strong>da</strong> agricaltiira, ou o cstabslecimento d'uma<br />

jnsta eqiiivalencin cntrc commerciantcs e agricultores perante o forneci-<br />

mcnto do credito, B ain<strong>da</strong> um problema (te nctiiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, constitue na pra-<br />

tica colonial iim alvo tão longinquo qiic ngo merccc por agora ser consi<strong>de</strong>-<br />

rado. Isto nHo quer dizer qiie a garantia basea<strong>da</strong> exclusivainente na

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!