Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

ensino da lingiia colonisadora e pela instriiccão geral e scientifica. Nas colonias,
porém, em que essas circumstancias se náo realisam, a politica religiosa
e educativa deve ser lima das principaes preoccupa~.óes da adminis-
tração local, e para ella devem ser orçamentadas verbas que permittam a
mais completa e latitudinaria expansko da propaganda moral e reli,' mlosa
no seio da sociedade indigena, a fim de illuminar mais rapida e proficua-
mente, e com mais intensa e duradoura claridade, as trevas nefastas da
ignorancia negra.
Propaganda missionaria nas colonias portuguezas
A este respeito, a politica indigena (?) de Portugal, onde por certo
se reconliece nitidamente a utilidade d'esta fdrma educativa para as po-
piilayc?es indigenas mais atrazadas, tem sido caracteri*atl;t pela mais abso-
luta inconseqnencia. TAançando um rapido olhar sobre ;i organiuação actual
da nossa propaganda religiosa nas colonias, e comparaiido os dados orça-
mentaes que se lhe referem, chega-se a resiiltados tao inesperados como
lamenta\.eis.
Consideremos rnais especialmente RS colonias ilp Angola, Moqambique,
Giiiní. e l'imor, por >(.rem as iinicas para que julg~mos,
náo só indispensavel,
mas a1t;iinente aconselhavel Lima perfeita organisaçáo missionaria. Na India
e em Macaii, além de haver numerosos christfios, a maior perfeiçso social
dos indigenas liindnistas, musiilmanos, budhistas ou confucionistas, e a te-
nacidade com que se apegam ás respectivas crenças e fórmas lithurgicas,
fazem aconselhar uma politica religiosa de absoluta tolerancia e respeito
pelos cultos estabelecidos.
Em Cabo Verde, a wgani.iac;áo ecclesiastica não comporta missões
propriamente ditas, e as verhas orqamentadas (1!107-1908) para despezas
do aulto, montam s 14:934$166 reis.
O serviço parochial exerce-se por intermedio de trinta freguezias, re-