Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

A militarisaçáo do pessoal indigena, attenuava consideravelmente
estes inconvenientes, e facilitava a instrucção e edticaçZo que, fia impos.
sibilidada de ser ministrada a bordo, porque os arduos e constantes servi-
ços do mar não deixam livre senh o tempo indispensavel ao repouzo,
deveria ser organisada nas escolas qiie propomos, onde todos os indigenas
recrutados estacionariam alguns mezes, antes do seu embarque definitivo
n'lim dos navios da marinha colonial.
A instrucçko para os indigenas, quer soldados, quer marinheiros,
deve assentar sobre a mesma base uniforme, e orientar-se de maneira a
que, findo o tempo de serviço militar, uns e outros regressem ás suas al-
deias com o verniz da civilisação solidamente incrustado na malleabilidade
do carttcter, c levando comsigo o fermento excitador do progresso sociologico.
Policia indigena
Temos assim rripídamente mostrado a possibilidade da iitilisaçáo do
elemento indigena na defeza da colonia, e indicámos as regras geraes a
que, segundo entendemos, deve subordinar-se essa utilisaçálo. Resta-nos
fallar do emprego dqs indigenas na policia colonial, onde prestam tambem
inestimavais serviços.
O problema da organisaçáo da policia colonial é variavel para cada
colonia, e um systema que n'uma dê excellentes resultados, pode resultar
deficiente oii prcjiidicial quando applicado a outro meio colonial em que as
condiçúes sejam diversas.
h policia colonial pode ser militar ou civil. No primeiro caso apenas
diflere praticamente do exercito, em estar directamente dependente da au-
ctoridade civil. Nos paizes mal pacificados é esta a fórma preferivel. No
segiindo caso, a policia B constituida por elementos civis, e é principal-
mente aproveitavel nas colonias completamente submettidas e socegadas.
Seja, porém, qual fôr a organisaçiio policial adoptada, o emprego dos indi-