07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

terior, parece-nos entretanto egualmente imperfeita, pelas diffici~l<strong>da</strong>d~s interpretativas<br />

que offerece a siia sophismatica re<strong>da</strong>cção. O argumento mais<br />

geralmente opposto a esta formiila, cujo enunciado o faz na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> suggerir,<br />

baseia-se na variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> lei moral e <strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> jiistiça, consoante<br />

as condiçáes mesologicas, etlinicas e a phase <strong>da</strong> evoliição social. O<br />

que B justo, o que B moral para os povos indigenas, pó<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> o ser<br />

para a raca colonisadora. Com este argiimento cujo valor abertamente reconhecemos,<br />

niio B facil conitado concor<strong>da</strong>r quando establecido na forma<br />

absoluta e impeditira pela qual atravez d'elle alguns publicistas mo<strong>de</strong>rnos<br />

traduzem a sua maneira <strong>de</strong> pensar sobre este assumpto.<br />

Seria obvia a sua justificaçiio se se applicasse a uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />

formaçáo, entregue apenas á lenta inf iiencia dos eens factores auto-evolutivos,<br />

nias carece em absoluto tle ser limitado quando se refere ás socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

indigenas <strong>da</strong>s coionias contemporaneae, <strong>de</strong> evolução milito mais complexa,<br />

e na qual nunca poclerenios abstrahir <strong>da</strong> influencia obrigatoria,<br />

civilisadora por interesse proprio e altruismo geral, que sobre ella exerce<br />

a naçiio dominadora. E' reconheci<strong>da</strong>mente um gran<strong>de</strong> erro, ir buscar á sociologia<br />

geral illações applicaveis ás questóes coloniaes, sem previamente<br />

ter pon<strong>de</strong>rado todos os coefficientes <strong>de</strong> correcçáo, que constituem lima <strong>da</strong>s<br />

fontes naturaes mais interessantes nos estudos <strong>de</strong> sociologia colonial.<br />

A titulo <strong>de</strong> merfi ciiriosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois, como já dissemo,a, c': inatlmissivel R<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do dogmati~mo escolastico em questóes d'esta natureza, citarenios<br />

rim enunciado que, embora incorrecto. d talvez mais consentaneo com<br />

as exigencias do problema, c a cuja formula fomos levado pela pon<strong>de</strong>ração<br />

cui<strong>da</strong>dosa dos argumentos acabados <strong>de</strong> expor. (< As iiistituiçóes c costumes<br />

dos indigenas <strong>de</strong>rem ser co~iservados, quando niio sejam incompativeis com<br />

os preceitos do <strong>Direito</strong> Natural ou com a seguranya politica <strong>da</strong> colonia, e<br />

ain<strong>da</strong> quando n8o representem praticas dc intoleravel selvageria 2.<br />

4 claro, que qiianclo se examinar <strong>de</strong>ti<strong>da</strong>mente esta formiila, pnrecerb<br />

erronea e eiva<strong>da</strong> <strong>da</strong>s faltas impiita<strong>da</strong>s ás anteriores a indicaçáo <strong>de</strong> pre-<br />

ceitos do <strong>Direito</strong> Natiiral, pois a todo o direito correspon<strong>de</strong> tima snncção<br />

que, na hypothese consi,lcrn<strong>da</strong>, 6 a lei moral <strong>de</strong> ciija immiitabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,já <strong>de</strong>s-<br />

dissemos. E certo, por, lii, qne os principias geraes <strong>da</strong> lei siio communs a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!