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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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CREDITO<br />

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Uma prova frisante <strong>da</strong> incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos bancos coloniaes para garantir<br />

o credito indigena, tanto agricola como immobiliario, encontra-se<br />

actualmente 1111 situaçio economica di~ proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> indigena na India Ingleza.<br />

Paiil Reinscli escreve a este respeito o seguinte : (I) « A India carece,<br />

comtudo, d'um systema <strong>de</strong> bancoq igrarios e <strong>de</strong> credito agricola scientificamente<br />

<strong>de</strong>senvolvido. Na reali<strong>da</strong>tfe existe na Tndia o mais completo divorcio<br />

entre o capital e a terra. O ciiltivador liindil tem <strong>de</strong> pagar taxas<br />

<strong>de</strong> juro <strong>de</strong> 24 O/, ou mesmo siipcriores. pelo dinheiro qiie lhe é adiantado<br />

pelos profissionaes <strong>da</strong> iisiir:i, ao passo que os banco3 com caixa ecoiiomica<br />

(seving-banka), exigem stmente 3 "1,. Esta gran<strong>de</strong> divergencia nas taxas<br />

dos juros indica que o governo ain<strong>da</strong>, náo procr<strong>de</strong>ii ao estabelecimento <strong>de</strong><br />

intermediarios regulart.5 e l~gitimos, entre o credito e a classe agricola~.<br />

No Egypto a rapi<strong>de</strong>z e intelligencia com que as railas indigenas adoptam<br />

e assimilam as institiiiçóes occi<strong>de</strong>ntaes <strong>de</strong> caracter politico ou economico,<br />

í'ac~litoii notxvelmente o estabelecimento do credito por meio dos<br />

bancos. 1)epois <strong>de</strong> Lord Crorner tentar inutilmente em 1894 a mobilisaçáo<br />

do cap~tal particular para einprestiinos agricolas, o governo iniciou, um<br />

pouco <strong>de</strong>pois, por intermedio do N(1tiotzctl Bastk oj' Egypt um serviço <strong>de</strong><br />

pequenos emprestimos em dinheiro ou em sementes, aos cnltivndores indigentis.<br />

Náo obstante a sua repiitaçáo <strong>de</strong> imprevi<strong>de</strong>ntes, estes reembolsaram<br />

o govcriio integralmente, e o serviço dos emprestimos agricolas adquiriu<br />

um tal incremento que em 1902 fun<strong>da</strong>va-se o Agricultura1 Bnnk o f Fjgypt,<br />

cLljo capital 6 já hoje <strong>de</strong> 35 milhóea <strong>de</strong> dollars, tendo já efiêctnado a colo-<br />

nos e iiidigenas mais <strong>de</strong> 50 milhóes tle dollars <strong>de</strong> emprestimos, sem soif'rer<br />

o mais insignificante prejuizo. Os incligenas que, durante cieciilos, se ha-<br />

viam <strong>de</strong>batido n:is garras dos prestamistas, logo que t1escobrir;im a gran<strong>de</strong><br />

vantagem que auferiam, utilisnntlo os serviços do banco, s:icudiram vigoro-<br />

samente «Y enleios <strong>da</strong> usura e aproveitaram, táo bem como os colonos, as<br />

garantias economicas <strong>da</strong> nova or.banisaçáo bancaria implanta<strong>da</strong> no Egypto .<br />

Este resultado é, poréni, excepcional e <strong>de</strong>vido. ao mesmo tempo,<br />

(I)<br />

€'a111 Keinsch - O. c. tl'lll

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