07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

car e instruir os indigenas, <strong>de</strong> maneira a oivilisa-10s e a po<strong>de</strong>-los elevar<br />

até nús, não lhes recusando enttio e YÓ entáo todos os direitos civis e garan-<br />

tias politicas inherentes ti quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dão port~iguez.<br />

De fúrma alguma <strong>de</strong>sejamos que se comece por <strong>da</strong>r geralmente aos<br />

indigenas uma instriicçáo scientifica, que o seu cerebro ain<strong>da</strong> não pó<strong>de</strong><br />

comportar.<br />

Um ou outro indiviiiiio excepcioiialmente intelligente po<strong>de</strong>rá ser<br />

admittido aos cursos superiores, mas as gran<strong>de</strong>3 miiltidóes precisam, prin-<br />

cipalmente, <strong>de</strong> receber uma soli<strong>da</strong> indtriicqko primdria e iiin pratico e com-<br />

pleto ensino agricola e profissional qiie, vhlorisando o solo e fomentando o<br />

trabalho, lhe9 permitta melhorar as suas condiçóes economicas e concorrer<br />

po<strong>de</strong>rosaracnfe para o progresso <strong>da</strong> economia colonial.<br />

No livfio do Snr. Conselheiro Freire dlAndradc leem-se mais para<br />

adiante as seguintes palavras: $<br />

a A ec1ncaçZo a <strong>da</strong>r ;LO indigena <strong>de</strong>verA ser, sobretudo. no sentido <strong>de</strong><br />

o tornar um tral~itlliador iitil e que concorra para a progressiva riqueza<br />

do paiz ; e n'esse caminho, julgo eu, <strong>de</strong>via dirigir-se principalrilente a pro-<br />

pagan<strong>da</strong> missionaria e não para lhe enraizar no espirito a falsa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

que 6 egnal ao branco e t1.m 07 mesmos direitos que este. Não <strong>de</strong>vemos<br />

procurar animar a que se pnlia cm pratica a fabula <strong>da</strong> rã e do boi, em<br />

que aquella quercntfo ser egual a este tanto inchou que rebentou; e isto<br />

notando-se que ao rebentar esta não fez mal ao boi, o que no nosso caso<br />

po<strong>de</strong>ria não succe<strong>de</strong>r. A mito <strong>de</strong> obra para a agricultura, minas e outras<br />

industrias pd<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser fbrneci<strong>da</strong> pelo indigena. Blas como impedir que<br />

elle <strong>de</strong> trabalhador pdsse a patrao, engenheiro, contramestre ou, n'uma<br />

palavra, se torne elemento dirigente em vez <strong>de</strong> dirigido? Tal resultado sd<br />

pó<strong>de</strong> ser obtido por unia lei <strong>de</strong> trabalho que, mal interpreta<strong>da</strong>, facilmente<br />

será chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> escravatura. E se fizermos O indigena engenheiro, advo-<br />

gado ou patrto <strong>de</strong> qualquer especie <strong>de</strong> industria, on<strong>de</strong> se empregarão os<br />

brancos <strong>de</strong> egual mister? Ou terão <strong>de</strong> ser pagos do mesmo modo e <strong>de</strong> se<br />

visturar com os individuos <strong>de</strong> cor differente?. . .<br />

Como se vê, o illnstre auctor do livro citado concor<strong>da</strong> em principio<br />

que se <strong>de</strong>vetn instruir os indigenas segundo as normas que aponthmos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!