07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Se os brancos o repelliam pretenciosamente, ain<strong>da</strong> não é o excesso<br />

<strong>de</strong> educaçáo scientifica. do preto que se <strong>de</strong>ve la.rtirnar, mas sim a falha na<br />

educacão moral dos brancos que os inhibe <strong>de</strong> romper com preconceitos in-<br />

justificaveis. Finalmente, quanto utili<strong>da</strong><strong>de</strong> d'essa educacao, não vemos<br />

porque sc cont~ste, cles<strong>de</strong> que, parti o 1)rovimento <strong>de</strong> cargos administrativos,<br />

a legislaç&o portiigiieza ignora as differenças <strong>de</strong> cor. Pouco nos <strong>de</strong>ve<br />

preoccupar o que os iiiglezes fa~am ou projectem fiiz~r a wte respeito nas<br />

colonias africanas. Movambique, por emquanto, e assimaac~ont~vn G7rnpre,<br />

faz parte integral do dominio colonial portuguez, <strong>de</strong>vendo por cuii-cvliiencia<br />

guiar-se a PIIR colonisaçáo, não sob a mania <strong>da</strong> uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> em irititeria<br />

legislativa, mas eril liarmonia com a indole gcral <strong>da</strong> colonisaçko portug~ieza<br />

que, por muito ditt'erente <strong>da</strong> ingleza, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> lhe ser reconheci<strong>da</strong>ineiite<br />

~uperior em muitos pontos.<br />

O estabelecimento cio governo provincial em Lourenço Narques, que<br />

tanto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> economicamente do commercio d ~ colonias s inglezas, não<br />

tem concorrido poiico para a relativa <strong>de</strong>snacionaliuaçilo d'aquella provincia.<br />

Oopie-se <strong>da</strong> colonisaçáo ingleza tudo o que ella tem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

habil e <strong>de</strong> proficuo, mas fiquemos por ahi, assimilando, se possivel for, essas<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, c repudiando abertamente as siias formas <strong>de</strong>feitiiosas e os seus<br />

inconcebiveis preconceitos.<br />

Continuando a transcripçEo do livro « Relatorios sobre Moçambique p ,<br />

temos o seguinte: c Durante seciilos niio l)o<strong>de</strong>rú <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>da</strong>r-se em<br />

Africa com maior intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> aindii, o que na America se produz, e náo<br />

haverli possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. nem a menor vantagem, eni misturar as duas raças.<br />

E o que succe<strong>de</strong>rlí se a esta reunirmos a india e a chineza? Ser& eiltáo<br />

impossivel o fazer <strong>da</strong> africa o paiz on<strong>de</strong> prospere a ra(;a branca,<br />

e on<strong>de</strong> se reunani os prodigios que teem feito as duas gran<strong>de</strong>s hmericas.<br />

E temos n escolher, e preciso 4 que o façamos, encarando os problemas a<br />

resolver, e segiiirido no caminho que para isso s(. nos antolhe razoavel. E<br />

tem por isso a Neview (I) razáo, quando diz a pag. 9, que se <strong>de</strong>ve procurar<br />

(I) Esta Reviero 15 o í~ternwandunz <strong>de</strong> lord Selborne.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!