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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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enovados por um periodo <strong>de</strong> egual duração em caso <strong>de</strong> colheita ruim, <strong>de</strong><br />

innun<strong>da</strong>çáo e <strong>de</strong> força maior. w<br />

No Senegal, apezar do respectivo banco, ultimarnentc reorganisado e<br />

transformado no gran<strong>de</strong> Banco <strong>da</strong> A. O. F., nHo consentir aos indigenas<br />

emprestimos sobre as colheitas, o credito real mobiliario entre commer-<br />

ciantes europeus e agricultores indigenas tem tomado um certo <strong>de</strong>sen-<br />

volvimento que não se pd<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar sensivelmente vant.joso para os<br />

indigenas, para quem a imprevi<strong>de</strong>ncia economica arrasta amiii<strong>de</strong> a impos-<br />

sibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> rehaverem os objectos penhorados.<br />

Qs commerciantes europeus, para emprestarem a juros, precisam <strong>de</strong><br />

prCvia auctorisaçáo <strong>da</strong> administração <strong>da</strong> colonia, e ficam su,jeitos á fiscali-<br />

!iacão e aos regulamentos, ereados para proteger tanto <strong>de</strong>vedores como<br />

cr6clores.<br />

Cooperativas <strong>Indigena</strong>s<br />

Como se conclue do que <strong>de</strong>ixamos exposto, os bancos coloniaes sáo<br />

instrumentos muito <strong>de</strong>feituosos <strong>de</strong> credito indigena, e o papel primordial<br />

na ~aegcneraçao economica <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> nativa pertence <strong>de</strong> ilireito e <strong>de</strong> fa-<br />

cto ii mutuali<strong>da</strong><strong>de</strong> indigena.<br />

Já adduzimos as consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m theorica que nos levam a<br />

formular esta nossa opiniiio. Resta-nos agora examinar a evolilçáo do prin-<br />

cipio associativo na prktica colonial, pondo em evi<strong>de</strong>ncia o seu indisc~~tivel<br />

progresso e a sua incomparavel influencia economica e civilisadora.<br />

Começaremos pela Arçelia, on<strong>de</strong> a associaçHo dos naturaes vae pouco<br />

a pouco reparando os estragos causados pelos abusos do credito hypothe-<br />

cario c pela incerteza do regirnen agrario. Des<strong>de</strong> eras niuito remotas<br />

houve na Argelia, como aliás em to<strong>da</strong> a Africa do Norte, o costume <strong>de</strong><br />

conservar reservas cerealiferas em cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s suhterraneas chama<strong>da</strong>s silos.<br />

Estas reservas eram <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a soccorrer os mendigos e necessitados, e<br />

a garantir as novas sementeiras em epochas <strong>de</strong> crise. Na origem, eram ge-

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