07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

224 POLITICA INDIUENA<br />

retribuidos e alimentados, duraritc o interminavel jorna<strong>de</strong>amento que ]hes<br />

irnpóem.<br />

Na Africa do Sul, os indigenas do Cabo, do Trans~vaal, Natal e Orange<br />

concorrem na sua qiiasi totali<strong>da</strong><strong>de</strong> aos traballios mineiros e agricolas.<br />

Nos districtos <strong>de</strong> Lourenço Marqiics e Goza, e <strong>de</strong> Inliambane é <strong>de</strong><br />

todos conheci<strong>da</strong> a intensa emigração indigena para as minas do Rand.<br />

Vatuas e landins consi<strong>de</strong>ram, porém, o traballio agricola propriamente<br />

dito como <strong>de</strong>sprezivel e só proprio <strong>de</strong> mulheres.<br />

Anteriormente á colonisação europeia apenas as mulheres cultiva-<br />

vam o solo, os homens <strong>de</strong>dicavam-sc principalmente á guerra e á creaqáo<br />

<strong>de</strong> gado que alli 15 muito importante. Paul Reinsch diz que, com a intro-<br />

diicçáo <strong>de</strong> machinas agricolaci e atC com a simples charrua, se consegiiirti<br />

pren<strong>de</strong>r os indigenas á exploraçáo do solo, que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> representar um<br />

traballio simplesmente msniial para consistir essencialmente na condiicçáo<br />

do gado ou clas machinas.<br />

Os indigenas do centro <strong>de</strong> Moçambiqac - zambezianos - que mais<br />

<strong>de</strong>ti<strong>da</strong>mente conhecemos por longamente havermos permanecido entre elles,<br />

asaim como as popiilàçóes indigenas <strong>da</strong> B. C. A., sáo naturalmente laborio-<br />

sos c n<strong>da</strong>ptaveis ás mais differentes fórmas ile tralallio. l'agaia(lores in-<br />

cançaveis no Zambeze, remadores em todos os portos <strong>de</strong> mar <strong>da</strong> provincia,<br />

marinheiros, chegadores, fogueiras a bordo dos navios <strong>de</strong> guerra e dos<br />

mercantes, operarios <strong>de</strong> officinas navaes <strong>de</strong> ferro e ma<strong>de</strong>ira, carregadores,<br />

macbileiros imcomparaveis, pilotos fiuviaes, serriçaes intelligentes e cni<strong>da</strong>-<br />

dosos, e trabalhadores doceis e voluntarios, os zambezianos constituem<br />

uma <strong>da</strong>s melhores partes <strong>da</strong> populaçáo moçanibiqiiensc.<br />

On<strong>de</strong> quer, porém, que o preto se encontre, e seja qual for a reluctan-<br />

cia pelo traballio que inicialmente <strong>de</strong>monstre, o que parece indiscotivel e<br />

i~veriguado positivamente é que, sendo levado bran<strong>da</strong>mente n um traballio<br />

mo<strong>de</strong>rado e conscienciosamente retribuido, e sendo salvaguar<strong>da</strong><strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as<br />

siias justas aspiraçóes <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia e <strong>de</strong> repouso necessario, clle con-<br />

tinuará a forneoer voluntariamente a páo d'obra livre <strong>de</strong> que carecem as<br />

exploraçóes coloniaes.<br />

Ha piibliciptas e administradorerii coloniaes que, conhecendo <strong>da</strong> Africa

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!