Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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ASSISTENCIA
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ultima, não prQcuremOS enganar-nos a nós proprios fabric,anc]o inferiod-
dades anthr~~ologicas ou tleficienciau intellectuaes. . . A vercldJe, CS~~n(~e
verdade é que os colonisadores raras vezes coram de educar, instriiir e
proteger os indigen~s por espirito de altriiismo piiro e em beneficio exclusivo
dos protegidos.
A tendencia litilitaria de toda a expansáo colonial relega para
segundo plano o dever de civilisar. O indigena é aproveitado como carre-
gador, mineiro, trabalhador rural ou domestico, e soldado colonial. Em
militas colonias obedece-se apenas 6 iirgencia do interesse momentaneo, sem
cuidar das consequencias futuras. Em vez de escolas abrem-se cantinas,
em vez de asylos e hospitaes edificani-se casernas, e em vez de oficinas
prnfiqsionaes estabelecem-se agencias de emigraçáo.
X civilisaçáo, abrindo novos horizontes intellectuaes, creando neces-
sidades crescsnte's e habitos novos, arrasta comsigo uma transformaqáo
radicttl dos costumes indigenas, até d'aquelles que mais directamente se
reflectem na economia animal como o trabalho e a aliinentaçáo.
Directa ou indirectamente introduzida, o que é certo, 6 que a modi-
ficação da vida individiial e social nos niicleos indigenas das colonias de
povoamento ou mixtas, é sempre importantissima, ainda quando se man-
tem mais rigorosamente o acatamento das instituiçíies locaes.
N'estas circumstancias, logo que a intensidade da vida indigena tende
a augmentar, e a aproximar-se, mesmo de longe, da craveira civilisada,
evidenceia-se a necessidade de fornecer aos naturaes meios de poder resis-
tir e Iiictar, sob os pontos de vista economico, intellectiial e physiologico
contra as difficuldades da vida civilisada.
Se assim se não proceder, é claro que entre os colonisadores instrui-
dos, economicamente organisados, e physicamente protegidos pelo bem estar,
pela hygiene e pela assistencia, e a popiilaçáo indigena deseducada e des-
protegida, a desegiialdade 6 manifesta e a competencia social traduzir-se-ha
infallivelmente pela derrota do mais fraco.
Além da fraqueza ingenita dcs individuos e dos superorganismos indi-
geiias difficultar qualquer tentativa efficae de resistencia á intensidade da
moderna vida civilisada que exige um combustivel de energias quasi inex-
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