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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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500 POLITICA INDIGENA<br />

-a---- - - - - - - - -<br />

simos feitos, Affonso <strong>de</strong> Albuquerque <strong>de</strong>rrotou os dominadores miisulmanos<br />

.com o auxilio do elemento hindíi, e aproveitou sempre habilmente as riva-<br />

li<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre os principes indios.<br />

Nos presidios marroq~iinos, n'essa admiravel escola <strong>de</strong> gnerra on<strong>de</strong> a<br />

bravura indoinita <strong>da</strong> gente portugueza se altanou ao mais glorioso presti-<br />

gio, on<strong>de</strong> n heroici<strong>da</strong><strong>de</strong> e a resistencia iiidomavel dos cavalleiros luzitanos<br />

vacillaram amiu<strong>de</strong> entre o epico e o sublime, tambem a inexcedivel habili-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> nossa raça para attrahir e conciliar as populaçóes indigenas con-<br />

seguiu vencer os escrupnlos patrioticos e religiosos e a valentia inegualavel<br />

dos berbéres fanaticos, levando-ou em gran<strong>de</strong> numero a pelejar nas nossas<br />

fileiras.<br />

Outro tarito não conseguia a Hespanha nos seus presidios do Slediterraneo.<br />

A extraordinaria coragem (10s seus sol<strong>da</strong>dos nunca foi ali acom-<br />

~anlia<strong>da</strong> do geito especial para tratar os indigenas, que 6 iim dos traços<br />

mais cnriosos e accentuados <strong>da</strong> colonisa~áo portugiieza.<br />

Em p~iz<br />

clesconhecido, propicio a cila<strong>da</strong>s t. embosca<strong>da</strong>s, sem pontos<br />

certos <strong>de</strong> abastecimento, sem vias <strong>de</strong> communica~Bo,<br />

c. perante a superiori-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> numerica dos indigenas sol)re os effectivos europeus <strong>de</strong> occupaç~o, I<br />

não B facil nem talvez possivel prescindir do cboiicnrso dos iiatnraes para<br />

se po<strong>de</strong>r levar a effeito a conqiiista. Nem d'oiitra fiirma sc proce<strong>de</strong>u na<br />

antigui<strong>da</strong><strong>de</strong> liistorica: na conquista <strong>da</strong>s (;allias as legi6cs <strong>de</strong> Cezar enqua-<br />

dravam largos contingentes gaulezes. Xas, náo se limita a esse periodo a<br />

vantagem que ha em ntilisar o indigena como sol<strong>da</strong>do. Pelo contrario,<br />

quando a occiipaçBo se estabelece em bases seguras, e á medi<strong>da</strong> que a<br />

pacificação do territorio se vae completaiido, mais necessario se torna o<br />

concurso militar dos autochtones, para siiflocar rebellióes possiveis e fazer<br />

a policia <strong>da</strong>s popiilaqões subrnetti<strong>da</strong>s, dc que elles, iiiellior que ningueiii,<br />

conhecem os usos e costumes.<br />

Nas regióes tropicaes, on<strong>de</strong> C impossivel manter gran<strong>de</strong>s effectivos<br />

europeiis, ain<strong>da</strong> o papel do exercito indigena mais sóbe cle inportancia.<br />

Com effeito, n'este caso, a gran<strong>de</strong> massa do exercito c~olonial. tlesti-<br />

na<strong>da</strong> não sd a reprimir as <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns e revoltas internas, mas taml~em<br />

a<br />

supprir a to<strong>da</strong>s as cxigencias <strong>da</strong> <strong>de</strong>feza <strong>da</strong> colonia em qiialqiier conflicto

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