Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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longo e previ~ trabalho de educação moral e physics, entrar outras/
ideias, para receber as qiiacs o selvagem náo est6 preparado, e que necesi
sariamerit,~ rcpugnani 6 siia indole brutal ». Moiisinlio d'illbuquerque, no
seu livro Mocambique n , escreve o segiiint,e : « Quanto a mim o que melhor
temos a fazer para ediicar e civilisar o indigena é desenvolver-lhe prati-'
camente as siias aptidões de traballio maniittl e aproveita-lo para a exploraçáo
da Provincia. I? pelo trabalho manual, pelos habitos de actividade
regulamentada qiie elle traz como conseqiicncia, pelas necessidades que
cria em contacto com os branco.^, que o intiigena ha.de ir passando por
uma evolii(;áo leilta, do estado sclvagem para uma civilisação rudimentar,
iinica tle que, por agora, aqiiella raça ine parece susceptivel. E, cob este
ponto de vista, nada pcícte prestar serviços egiiacs á organisayáo dos Prazos
applicada a grande parte rla Provincia, as inissúes catholicas, quando entregues
a ordens regulares e, para o sexo feminino, aos estabelecimentos
de ensino e ediicciyáo dirigidos por religiosas das ordens instituidas com
esse fim ».
No seu liicido relatorio sobre a prclazia de Mo(;ambique, publicado
em 18\15 no Boletim da Soí:ictlade de (+eograpliia, o Ex.mo Sr. L). Antonio
Barroso refere-sc niiiiiici».jamcnte a este :issiimpto. D'elle transcrevemos
os seguintes periodos.
Hoje é o(:ioso tlisciitir a conveniencia das missóes entre povos selvagens;
uma larga experiencia veio coiifirmar o que aliás a rasâo ensinava.
O Estado aufeiie d'ellas os maiores lieneficios, t,ornando-as, já instrumentos
da civilisação qne tem 01)rigac;Ro tle promover entre os povos sujeitos ao
seli doniinio, j& clocuinent~os de occupac;iio efectiva qiie o direito internacional
exige, QOmO a iinicit legitima para a affirmaçgo de soberania; bem
oii mal os direitos historicos c as grandes linhas traçadas na costa d'hfrica
com tanto esforyo, foram postas de parte. Mas, para qiie essas missóes
existam e possam produzir os beneficias que d'ellas temos direito de exigir,
6 preciso, 6 indisl ,tisave1 que o Estado as auxilie d'uin modo efficaz, ainda
que o mais econoiii ic:amente possivel .................................
....................... l'ortiigal, em theoria, approva e applaude as
vantagens da instriicçáo, e provavelmente tambern entende que o missiona-