07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CREDITO 463<br />

- - - - -<br />

As futuras collieitas resultantes dos cnpitaes obtidos a crctlito, sáo<br />

freq~ientemeiite o uiiico pmlior que os agricultores pil<strong>de</strong>m offerecer como<br />

garantia dos ernprestirzios qiie sollicitam. Na orgaiiisctçáo financeira dns<br />

coloiiias francezas foi introdiizido lia mais <strong>de</strong> 50 annos o principio do --<br />

penhor seai cnfvrgct do ohj(vv'o uellhorcltlo - , praticamente realisado nos referidos<br />

emprestirnos sol)re as novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agricolas pen<strong>de</strong>ntes, consenticlos<br />

aos diversos bancos coloniaes.<br />

Para abnfkir os escrnpiilos jaridicos do parlamento francez <strong>de</strong> 1851,<br />

que nHo podia ntlmittir qiic o penlior fime apenas tima promessa futura, e<br />

não iiinn cxistcnc*in ac~tii 11 e a qiiein rcpiignava o gnge sans <strong>de</strong>ssnisissonent,<br />

mascaron-se o cnncionamcnto dos fructos pen<strong>de</strong>ntes, com a fórmula -prêt<br />

szir cession <strong>de</strong> recoNec 11r)ltlalifes - o que presiippóe uma ven<strong>da</strong> que 11a reali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

se não cffectua.<br />

Esta garantia c'! scm diivi<strong>da</strong> aleatoria e, utilisa<strong>da</strong> sem disccrnimento,<br />

pó<strong>de</strong> proinorer a ruina dos estnbelecimeiitos bancarios, ou nssocinçóes <strong>de</strong><br />

credito que a consentirem <strong>de</strong>sprècavitlamente. A 1egisl;ic;no franceza prevê<br />

cui<strong>da</strong>dosamente as contingencias x que fica sii,jeito o rcernbolso <strong>da</strong> quantia<br />

empresta<strong>da</strong>. Esta não po<strong>de</strong> ir al4m <strong>da</strong> terça parte do valor provavel <strong>de</strong><br />

oolheita, o que, salvo eventuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s extraordinarias só remediaveis pelo<br />

seguro, dá margem siifficiente para o completo reembolso do creciito, mesmo<br />

nos peores annos agricolas.<br />

Os bancos nko <strong>de</strong>vem fazer emprestimos sem qiie o estado <strong>da</strong> ciiltura<br />

<strong>de</strong>ixe já prevÇr o resultado provavel <strong>da</strong> fructifcaçáo. Legalmente, os em-<br />

prestimos náo <strong>de</strong>rem cffitctiiar-se com antece<strong>de</strong>ncia superior a quatro me-<br />

zes sobre a epoclia provavcl <strong>da</strong> colheita. Subsistiu, por&m, sempre a pratica<br />

benevola, imposta pelas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> agricultura colonial, <strong>de</strong> alongar<br />

esse prazo at,: oito iiiczp.;. renlisando-se o cinprestimo a quatro mezes, mas<br />

consentindo-qe invariavelmente a renova(i30 do prdzo por egtial tempo. A<br />

lei francexa estal-)elece tambem um engenhoso sptema <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> qiic<br />

116~<br />

OS interesses do banco colonial a coberto <strong>de</strong> qiiaesqiier reclamaçúcs pri-<br />

vilegiatlii\ <strong>de</strong> prece<strong>de</strong>ntes crddores. Sc o <strong>de</strong>vedor por m(i fé ou <strong>de</strong>sleixo 1150<br />

effcc~tiia os tr;tl)alIios agricolas neeessarios :i friictificac;iXo, ou não recolhe<br />

os fructos, o banco tem a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer pqr conta proprirc o cultivo,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!