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Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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d'isto, <strong>de</strong>ve tambem o Estado subvencioiiar a* suas rnisa~~s,<br />

<strong>de</strong> forn1a a<br />

permittir-lhes vencer por competencia quaesqiier missóes estrangeiras do<br />

mesmo ou <strong>de</strong> diverso culto que existam estabeleci<strong>da</strong>s no territorio <strong>da</strong> Co-<br />

lonia. Como existe na nossa Africa a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> religiosa,<br />

teremos <strong>de</strong> proteger exclusivamente as missóes nacionaes, para evitar essa<br />

causa importante <strong>de</strong> <strong>de</strong>snacionalisaçáo indigcna. Acerca <strong>da</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

ensino missionario, e <strong>da</strong> forma especial que <strong>de</strong>ve revestir para se tornar<br />

mais facilmente assimilavcl e proveitoso, vamos transcrever segui<strong>da</strong>mente<br />

as opinióes auctorisadtis <strong>de</strong> alguns homens illiistres qiie se occuparam<br />

d'este assumpto, e que, como veremos, são todos concortles, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter-<br />

mina<strong>da</strong>s restricçóes, em Ilie attribuir gran<strong>de</strong> importancia como meio civili-<br />

sador do indigena. E certo que os mais po<strong>de</strong>rosos regeneradores sociaes<br />

sgo o trabalho e o cornmercio ; mas corno alcançar que o negro trabalhe e<br />

como crear-lhe necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s economicas, senáo cui<strong>da</strong>ndo antes <strong>de</strong> mais<br />

na<strong>da</strong> <strong>de</strong> o educar e moralisar?<br />

William R2ad escreveu que a os negros não nos merecem o nome <strong>de</strong><br />

irmãos, mas antes ou <strong>de</strong>veremos consi<strong>de</strong>rar como filhos menores. Eduque-<br />

mo-los cui<strong>da</strong>dosamente e com o tempo se elevarão .. Andra<strong>de</strong> Corvo nos<br />

a Estudos sobre as Yrovincias Ultramarinas B , disse o seguinte : c.. . E pordm<br />

preciso não ter illusóes. São os africanos evi<strong>de</strong>ntemente capazes <strong>de</strong> melho-<br />

rar as suas condiçóes physica e moral, pela acção lenta e segura <strong>da</strong> civi-<br />

lisaçáo. O seu futuro não nos parece duvidoso. Mas hoje o grau incompleto<br />

<strong>de</strong> evoluyão em que se acham, as suas disposiçóes para a emo~ão,<br />

a <strong>de</strong>bi-<br />

li<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil <strong>da</strong>s suas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s mentaes faciimente os arrastam ao vicio<br />

e á <strong>de</strong>pravação ...................................................<br />

. . . . . . . . . . . . Não se julgue <strong>de</strong> quanto fica dito, que <strong>de</strong>sconhecemos a im-<br />

portancia <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> religiosa na Africs. Julgamos, ao contrario, que<br />

a benefica influencia <strong>da</strong> moral christã <strong>de</strong>ve exercer a mais pura e a mais<br />

civilisadora acção no espirito d'aquelles povos, que u que<strong>da</strong> <strong>da</strong> idolatria e<br />

o <strong>de</strong>sapparecimento do fanatismo e <strong>da</strong>s suas praticas barbaras, ferozes<br />

muitas vezes, necessariamente hão <strong>de</strong> prece<strong>de</strong>r a completa transformação<br />

social dos negros. O que, porhm, não julgamos possivel B qiie no cerebro,<br />

por assim dizer incompleto do africano, possam sem preparação, sem um

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