07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

262 POLITICX ISDIGEKA<br />

-- - - - - .-<br />

gena <strong>da</strong>s obrigaçóes peciiniarias oii em generos, a que tiver sido con<strong>de</strong>mnado<br />

pelo conselho <strong>de</strong> trrln'trtrgcitz, torna-o passivel <strong>de</strong> prisko por divi<strong>da</strong>s,<br />

cuja (liiracão ser& previamente fixa<strong>da</strong> em ca<strong>da</strong> sentença. iiiinca po<strong>de</strong>ndo<br />

esce<strong>de</strong>r um mez <strong>de</strong> ctircere.<br />

Examinemos agora rapi<strong>da</strong>mente a natureza <strong>da</strong>s penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s impostas<br />

aos indigenas que não cumprem as clansulas do contracto <strong>de</strong> trabalho.<br />

Nas colonias inglezas <strong>da</strong> Africa do Sul, on<strong>de</strong> vigora o systema do<br />

contracto penal, são muito variaveis as penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as medi<strong>da</strong>s preventivas.<br />

Nas minas <strong>de</strong> diamantes <strong>de</strong> Kimberley, para evitar o roubo <strong>da</strong>s<br />

gemmas, sáo os indigenas, to<strong>da</strong>s as noites, <strong>de</strong>pois do trabalho, encerrados em<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>positos-prisóes. No Congo belga a riiptiira do contracto é puni<strong>da</strong><br />

com miilta até 500 francos e com prisão até seis mezes.<br />

Nas colonias allemás <strong>da</strong> Africa, segundo Reiriscli e Leo, as penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

impostas aos indigenas contractados, culpados <strong>de</strong> preguiça, insiibordinaçiio,<br />

ausencia ou <strong>de</strong>serqiio, consistem em multas muito variaveis, prisáo<br />

isola<strong>da</strong> e castigos corporaes. O infractor é julgado por iim official com<br />

competencia disciplinar. A fiistigacko, que pó<strong>de</strong> ir atd vinte e ciiico chibata<strong>da</strong>s,<br />

<strong>de</strong>ve ser applica<strong>da</strong> em presença d'um official, oii d'nm colono europeu<br />

expressamente nomeiado para esse fim.<br />

Em quasi to<strong>da</strong>s as colonias que estabelecem sancyáo penal para as<br />

infracçóes ao contracto <strong>de</strong> t,rabalho, não se exige para consi<strong>de</strong>rar <strong>de</strong>lictuosa<br />

a infraccáo, qiie sc prove ter o indigena acceitado o contracto com intençáo<br />

fraudulenta.<br />

Nas Indias Orientaes Neerlan<strong>de</strong>zas, on<strong>de</strong> até 1879 to<strong>da</strong>s as infracqóes<br />

eram puni<strong>da</strong>s com penas pecuniarias ou com prisáo, substituiram-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

essa <strong>da</strong>t~, essas penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s pela <strong>de</strong> trabalho forçado at6 seis mezes, mas<br />

sb no caso em que se <strong>de</strong>monstre ter o indigena celebrado o respectivo<br />

contracto, com a intenc;áo previa <strong>de</strong> <strong>de</strong>frau<strong>da</strong>r os interesses do patráo.<br />

Em to<strong>da</strong>s as outras hypotheses a acção limita-se, n'aqiiellas colonias,<br />

a fixar uma in<strong>de</strong>mnisayáo <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s e <strong>da</strong>mnos. As acçóes criminaes intenta<strong>da</strong>s<br />

contra os indigenas contractados <strong>de</strong>vem ser leva<strong>da</strong>s aos tribiinaes<br />

regulares.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!