Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

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31 2 - POLITICA INDIUENA - - .- atoardas lançadas aos quatro ventos por meia duzia de espsculadores. Ora, se at6 certo ponto isto é realmente verdadeiro, convem entretanto não esquecer que a mesma opiniáo publica é singularmente condescendente e desprecarida, quando os abusos reaes ou inventados se praticam em territorio britannico. Estamos mesmo em suppor que se amanliá os grandes agricultores de S. Tliomd ce(1essem ao trzcst (10s cliocolnteiros inglezes a propriedade das suas royas, a campnnlia desappareceria como por encanto, os serviçaes passariam a scr liberrimos trabalhadores, e o cacau d'aqiiella colonia seria o mais delicioso do mundo. As justas criticas que, de vez em quaiido, surgem nas colnmnas dos periodicos londrinos, ao barbaro tratamento applicado aos culis chinezes do Rand, e á escravidtio entre ii?digenas, regulamentada no protectarado de Zanzibar e na Uganda, n;ío encontram eclio sufficiente na opiniáo piiblica, como tambem em tempo3 passados o nao encontraram, tanto o exterminio implacavel dos pelles-vermellias, como as grandes Itutztiizg ynrties em que os sqziatters perseguiam e capram como animaes ferozes os pobres aborigenes da Australia. Se actualmente nenliiima naçtio colonial utilisa directamente, ou consente que os seus nacionaes iitilisem o traballio oscravisado, é certo que variam grandemente com as colonias e com os colonisadorcs, o regi- mcn do tratamento dos assalariados e as condiçúes do trabalho. Sob o ponto de vista do tratamento dispensado aos indigenns, os factos proclamam bem alto a excclleiicia dos iiossos metliodos e a bondade dos nossos colonos e funccionarios. Sempre que ha delimitaç6es de fronteiras coloniaes (I) os indigenas preferem acollier-.e A egide da bandeira portngueza emigrando para os nossos territori,,>. Os timorenscs preferem-nos aos liollaiidezes; oa zambe- zianos do Bar~zt:, do Cliirc e do Nyassa prefercin-nos aos inglezes; os angolas prefereni-nos aos belgas ; e os congolenses abandonam o territorio francez para imniigrar no enclave de Cabinda. E' para lastimar que a ti11 fracqao desvairada (Ia opinigo publica iii-
$ma, que pretcildc dictar leis em cma alheia, não qneira ver e misericordiosnmcntc evitar os desrnandos e excessos commettidos nas colonias inglezas, ctija rcspons:ibilidade ningiiem em Portiigal pensaria em imputar ao governo oii á nwçHo ingleza. Que as damas que resolveram náo envenenar mnis o cstomago com o cncau escrnco lanceiii ao mar os seus brilliantcs, nrr:inc:idos ao solo dc I
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PROPRIEDADE LITTERARIA RESERVADA TO
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