07.06.2013 Views

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

Politica Indigena - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

242 POLITICA WDIQENA<br />

talmente improdnctivos no meio <strong>da</strong>s rica3 regióeg africanas, que o sul <strong>da</strong><br />

Africa precisa <strong>de</strong> trabalhadores ?<br />

Ao comliarar o salario d'um trabalhador europeu, homem ou mullier,<br />

que labuta o (lia inteiro para ganhar 200 a 500 reis, quem po<strong>de</strong> julgar<br />

justo que ao indigena se dê um salario duplo ou triplo para fazer mal um<br />

simples trabalho I)raçàl?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E' evi-<br />

<strong>de</strong>nte qrie ningtiern uristlria, no secnlo em que vamos entrando, renovar esse<br />

systema <strong>de</strong> trãl~allio ii.iado em seciilos pas~ados, e em que o homem branco<br />

ou preto era veiitlido (liia1 iinimal <strong>de</strong> outra especie: escrttvidáo ou traba-<br />

lho forvado silo palitvràs qne sôitm terrivelmente ao2 oiividos do nosso se-<br />

culo, e serA talvez por isso que com ellxs se ameaípm os que querem tirar<br />

o preto <strong>da</strong> ociosi<strong>da</strong><strong>de</strong> qrie llic é t&o queri<strong>da</strong>.<br />

I'or isso t': qne t,xml>em náo quero escravatura, se,ja qual fôr a forma<br />

oii o aspecto coni qiie se apresente, mas <strong>de</strong>sejo o <strong>de</strong>ver do trabalho imposto<br />

por essa gran<strong>de</strong> lei natural que se trasladou nos nossos codigos, e a que,<br />

entendo, se náo (leve subtrahir o preto pela facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s leis e pela imposiçiio<br />

cl'esaa ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira e.witvidáo a que elle hoje sujeita a mulher que<br />

lhe <strong>de</strong>veria ser coinpsnheira e amiga. )> Em to<strong>da</strong> a Africa do Sul as gran<strong>de</strong>s<br />

companhias mineiras, pela voz do3 seus jornaes teem <strong>de</strong> longa <strong>da</strong>ta<br />

promovido lima iiiteiisa campanha a favor do estabelecimento <strong>de</strong> um regimen<br />

<strong>de</strong> trabalho indigena obrigatorio que barateie o prec,o <strong>da</strong> máo d'obra<br />

hqje successivam~~rite elevado, e que evite a emigraçáo asiatica. A nós<br />

parece-nos que, SI, o imposto em tralritllio para obras <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> geral Q<br />

<strong>de</strong>fensavel em dctl.rininadss circiimstanctias, o trabalho ohrigatorio para ser-<br />

\rir interesses 1): i~ricrilarr~. <strong>de</strong>ve ser absolutamente con<strong>de</strong>mnado como im-<br />

moral, e como ca~i-ailor provavel <strong>de</strong> abusos e <strong>de</strong> revoltas.<br />

Os meios iiidir~ct~os <strong>de</strong> ohrigar o indigena a trabalhar, taes como o<br />

imposto em dinlieiro, x prnliihi(;%o <strong>da</strong> vadiagem, a sencçno ~ enal do contracto<br />

<strong>de</strong> trabalho livre, etc., são geralmente siifficientes para furtar o preto á<br />

inactivi<strong>da</strong><strong>de</strong>; e sc ;lin<strong>da</strong> ausi~n a m8o a'obra náo supprir a to<strong>da</strong>s as exigentias<br />

<strong>da</strong> colonia, n:i<strong>da</strong> impe<strong>de</strong> que, n'eite caso, se recorra á emigracão contracta<strong>da</strong>,<br />

quer x~i;itica, quer d'outra colonia africana on<strong>de</strong> exista um superavit<br />

<strong>de</strong> traballiacl ores.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!