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Barão

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Pardo-Mogi-Guaçu e o Tietê (Araraquara, Jaboticabal e Barretos) e entre a bacia do Tietê e a do<br />

Paranapanema (Campos Novos, Santa Cruz do Rio Pardo e Lençóis). 185<br />

Este seria um pequeno esboço da ocupação da Capitania e da Província de São Paulo,<br />

ocorrido desde o processo de chegada e de fixação dos primeiros desbravadores, do litoral de São<br />

Paulo até o chamado Sertão Desconhecido, movimentos demográficos extremamente complexos,<br />

dentre outros fatores, por se tratarem de áreas virgens e, muitas vezes, de difícil acesso e adaptação.<br />

2.2 – Um esboço da economia em São Paulo 1530 a 1888<br />

Como já fora descrito anteriormente, os primeiros movimentos no sentido de se desenvolver a<br />

região que seria o Estado de São Paulo, estariam ligados ao plano geral de colonização traçado pela<br />

metrópole portuguesa através do sistema de capitanias hereditárias, iniciado a partir de 1530 com base<br />

no desenvolvimento de atividades econômicas estáveis e que se integrassem à organização dos<br />

padrões econômicos europeus.<br />

De acordo com Caio Prado Júnior, a economia colonial irá se subordinar inteiramente a garantir<br />

os gêneros tropicais ou minerais ao mercado europeu. 186 Com a agricultura sendo o nervo econômico<br />

da civilização e, numa palavra, é na agricultura que se assentou a ocupação e a exploração da maior e<br />

melhor parte do território brasileiro. 187<br />

A agricultura, baseada fundamentalmente na grande propriedade voltada para a monocultura e<br />

trabalhada por escravos, constituiu-se, portanto, o grande eixo da colonização. Podemos perceber logo<br />

de imediato a preferência dos donatários no preparo do açúcar.<br />

A primeira experiência nesse setor será a produção açucareira já na Capitania de São Vicente.<br />

Este tipo de atividade econômica, voltada para uma produção em grande escala e com valor comercial<br />

bastante atrativo, seduzia o proprietário a concentrar exclusivamente todos os seus recursos na<br />

obtenção deste produto, fazendo com que o engenho, uma organização complexa e dispendiosa,<br />

produzisse apenas açúcar, sendo abastecido de outros gêneros alimentícios pela economia de<br />

subsistência, incipiente no planalto e através da importação de alimentos e produtos manufaturados da<br />

metrópole.<br />

A forma de trabalho utilizado neste tipo de atividade foi a mão-de-obra escrava. Inicialmente a<br />

exploração econômica dos engenhos de açúcar foi a partir do trabalho escravo do indígena. Contudo, é<br />

185 Idem., p. 14.<br />

186 PRADO Júnior, Caio. Op. cit. p. 119.<br />

187 Idem., p. 130.<br />

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