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Barão

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não há controle absoluto e ―coisificação‖ de pessoas, a idéia que os trabalhadores inclusive os<br />

escravos são sujeitos da própria história. 716<br />

Desta forma, além de elencar possíveis conceitos culturais, tais métodos investigativos se<br />

remetem a uma orientação subjetiva em relação a um determinado sistema social. Orientação<br />

cognitiva, dum conjunto de conhecimento e crença relativos ao funcionamento do sistema político e ao<br />

papel dos indivíduos inseridos nas relações de poder. Estes perpassam sob a orientação afetiva, nas<br />

quais têm influência os sentimentos que os indivíduos nutrem com relação ao espaço social. Nesta,<br />

também temos a orientação avaliativa, na qual o julgamento e opinião sobre as pessoas envolvem a<br />

combinação de informações sobre o funcionamento e mentalidades do conjunto social.<br />

Portanto, a dita história cultural assim, como os personagens que são compostos e narrados<br />

pelos diversos intelectuais teve momentos de resistências e dominações dos seus paradigmas. Desta,<br />

temos uma dívida com todos esses que colaboraram para a formação de suas bases. Portanto, ao<br />

falarmos Na trilha do feminismo: imprensa feminista na Ribeirão Preto de 1914-1918 estará, utilizando<br />

de estudos que apontam para a vertente sócio-cultural, sejam, estas ligadas a Escola dos Annales de<br />

Lucien Febvre e Marc Bloch, da nova história cultural política de René Rémond ou por intermédio da<br />

micro-história de Carlo Ginzburg.<br />

Em estudo sobre à micro-história italiana o historiador Levi Giovanni compartilha e defende<br />

ênfase: ―[...] A intenção anuncia-se claramente: a abordagem micro-histórica deve permitir o<br />

enriquecimento da análise social, torná-la mais complexa, pois leva em conta aspectos diferentes,<br />

inesperados, multiplicados da experiência coletiva‖. 717<br />

Assim, se faz necessário escrever essa história do cotidiano, uma história que tenha como<br />

protagonistas as vozes e o silêncio do passado. Uma historia na trilha do chão, a qual foi realizada pela<br />

ação humana.<br />

No intuito de facilitar a compreensão da escrita e leitura, na primeira parte do Trabalho<br />

anunciaremos um plano de fundo: ―Apontando algumas modificações sociais no ocidente na década de<br />

1960-1970‖. Nesta faremos um paralelo historiográfico das principais ações no universo feminino<br />

durante a década de 1960, período este em que são evidentes as alterações do cotidiano no universo<br />

feminino.<br />

Na segunda parte intitulada: ―Palavras atos e pensamento feminista‖ se pretende fazer um<br />

panorama do pensamento feminista no Ocidente. Para tanto, fizemos usos: ―O antes, o durante e o<br />

depois do feminismo‖ os quais, têm a preocupação em mostrar a problemática anterior ao feminismo no<br />

modelo contratualista. Logo após evidenciamos o projeto feminista enquanto libertário, finalmente, nos<br />

716 Cf. GOMES, Â. C. História, historiografia e cultura política no Brasil... Op. Cit., p.21-44.<br />

Introdução 84

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