Barão

Boi de carro
Vaca
Bezerro, garrotes e novilhos
40
177
121
4,0
17,7
12,1
284
814
1.041
4,4
12,7
16,3
Total 350 35,0 2.432 38,0
Fonte: LOPES, Luciana Suarez. Sob os Olhos de São Sebastião. A Cafeicultura e as Mutações da Riqueza em Ribeirão
Preto, 1849-1900. 2005. Tese (Doutorado em História Econômica) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. p. 72. 231
A década de 1870 marca também a chegada dos primeiros grandes proprietários em Ribeirão
Preto, sinalizando de fato o início do processo de exploração intensiva da terra. A cidade se integrou a
―frente pioneira‖ da expansão da cafeicultura.
É o momento da chegada dos cafeicultores, que chegam a Ribeirão Preto com alguma
experiência de outras regiões. Já no final de 1870, Ribeirão Preto passava definitivamente a ser
identificado com a cultura do café. E este, introduzido em Ribeirão Preto e na região nas décadas de
1850 e 1860 começava a ser cada vez mais plantado nas antigas fazendas de criação de animais.
Em 1876, segundo Lages chegam a Ribeirão Preto,
―[...] os irmãos Barreto, cafeicultores de Rezende, deixam o vale do Paraíba
para estabelecerem-se em Ribeirão Preto. Em 1877, já existiam as fazendas com
milhares de pés de café de propriedade de Manoel Otaviano Junqueira, José Bento
Junqueira, Rodrigo Barreto e Manoel da Cunha Diniz Junqueira. Logo chegaram
outros que foram mais tarde considerados ―reis do café‖ como Martinho Prado
Júnior, Henrique Dumont e Francisco Schimidt. 232
Em meados da década de 1870 e 1880, ocorreu uma corrida à região denominada de Oeste
Paulista, especialmente as terras da região de Ribeirão Preto. Uma verdadeira corrida ao novo
Eldorado do Oeste Paulista, provocando um surto de progresso que transformaria a cidade na ―capital
do café‖. 233
Outro fator importante que acontece nesta década, foi à chegada da ferrovia em Campinas
(1872) e em Limeira (1874), tornando as terras distantes até 200 quilômetros da última estação
ferroviária, atrativas para o plantio do café, e Ribeirão Preto passaria a ser uma dessas áreas. É um
período de grande valorização da terra e também de um amplo processo de concentração fundiária.
231 Estes dados são referentes aos inventários do 1º e 2º Ofício de Ribeirão Preto e São Simão.
232 LAGES, José Antonio. 1996. Op. cit. p. 246-248.
233 Idem., p. 247.
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