20.04.2013 Views

Barão

Barão

Barão

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Para persebermos os processos históricos enfatizamos a obra ―Processo Civilizador‖ de Norbert<br />

Elias o qual coloca como plano central a correlação entre processo de individuação e formação dos<br />

estados nacionais. Neste sentido de mudança Elias salienta:<br />

O que muda no curso do processo que denominamos de história são as<br />

relações mútuas, as configurações de pessoas e a modelação que o indivíduo sofre<br />

através delas. Mas, no exato momento em que essa historicidade fundamental do<br />

homem é vista claramente, percebemos também a regularidade, as características<br />

estruturais da existência humana, que permanecem constantes. 16<br />

Assim, o autor esta indagando sobre as mudanças em longo prazo nas estruturas das<br />

personalidades (reforço e diferenciação no controle das emoções – e somente nesse sentido que deve<br />

ser entendido processo civilizador como categoria analítica). Segundo Elias, a estrutura do<br />

comportamento civilizado está estreitamente inter-relacionada com a organização das sociedades<br />

ocidentais sob a forma de estados. Portanto, ao criar seu modelo analítico, o autor não pensava o<br />

processo de civilização em termos metafísicos, como se as noções de ―evolução‖ ou ―desenvolvimento‖,<br />

pressupusessem um progresso automático e inespecífico. Este evidência, as estruturas de<br />

personalidades sociais, das quais não são consideradas como se fossem fixas, mas sim mutáveis e<br />

interdependentes do desenvolvimento de longo prazo.<br />

A violência e o uso da força acompanharam os processos civilizatórios, urbanização e surgimento<br />

dos ícones modernos. O homem do fim do século XIX quer-se moderno e, se fez moderno, ao<br />

incorporar os avanços técnicos do século XIX à sua vida cotidiana no seio das cidades.<br />

O projeto da modernidade pretende e defende que os seres humanos pertencem a um mundo<br />

governado por Leis, em que a razão descobre e está a ela submetida. Tal pensamento identifica o povo,<br />

a nação, a um corpo social que funciona segundo as Leis naturais e coletivas, que deve se<br />

desembaraçar das formas de organização e de domínio irracionais que tentam fraudulentamente fazer-<br />

se legitimar pelo recurso a uma revelação ou a uma decisão sobre humana.<br />

civilização, ele está agora no interior do homem. Ver em: SANTOS JUNIOR, L. R. Barbárie e Modernidade. In:<br />

DIALOGUS. Ribeirão Preto, v.1, n.1, 2005, p.38.<br />

16 ELIAS, N. O Processo Civilizador: formação do Estado e Civilização. v. 2, Tradução Ruy Jungmann, Revisão,<br />

apresentação e notas: Renato Janire Ribeiro, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993, p.231.<br />

Jorge Luiz de França 126

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!